O Comandante da FAB recebeu em Brasília o CEO da Embrear para tratar de temas da Defesa
Por André Magalhães Publicado em 23/06/2022, às 15h50
O Comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior, e o Presidente e CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, se encontram ontem (22), em Brasília para tratar de alguns temas relevantes no campo da defesa.
Ainda que a pauta não tenha sido divulgada, o encontro ocorre após algumas tensões públicas entre a FAB e a Embraer, em especial sobre a redução do pedido original do KC-390. A reunião também marca os laços da parceria história entre a FAB e a Embraer existente desde o projeto do Bandeirante, nos anos 1960.
“É um orgulho nacional que nasceu dentro da Força Aérea Brasileira, com o seu primeiro projeto, o Bandeirante. Sendo assim, sem dúvida, é uma relação permanente”, salientou Baptista Junior.
O encontro aconteceu depois de uma crise inédita entre ambas as partes, que teve como pivô central a redução do pedido de 28 exemplares do KC-390, que passou para 22 aviões, mas recentemente a FAB afirmou que não descartava receber apenas 15 unidades.
Recentemente o Comandante da Aeronáutica afirmou também que o objetivo atual da FAB seria priorizar suas necessidades operacionais, com a indústria nacional deixando de ser a prioridade das decisões. O encontro volto a estreitar publicamente os laços entre a Embraer e a Aeronáutica, codependentes uma da outra.
“A FAB é um pilar muito importante que tem apoiado a Embraer, no desenvolvimento de tecnologias e de novos negócios. E há vários exemplos de sucesso nos últimos anos, como o Super Tucano e o KC-390 Millennium”, frisou Gomes Neto.
Atualmente na FAB operam com KC-390 em duas bases aéreas, em Anápolis, em Goiás, e no Galeão, no Rio de Janeiro. A distrubuição exata do total de aviões para cada base ainda é desconhecida.
Neste mês o cargueiro militar obteve sua terceria venda internacional. A Holanda confimrou a compra de cinco unidades do C-390 Millennium (versão cargueira, sem a função de reabastecedor identificado pela letra "K").
Também encomendaram o C-390 Portugal, com cinco unidades, e Hungria, com dois pedidos firmes. Em ambos os casos a produção das respectivas aeronaves já foi iniciado na unidade da Embraer em Gavião Paixoto.