Principal companhia aérea ucraniana suspendeu operações
Marcel Cardoso Publicado em 24/02/2022, às 06h10
Com a invasão de tropas russas a regiões da Ucrânia, que começou na madrugada desta quinta-feira (24), a Agência Europeia da Segurança para a Aviação (Easa) determinou o fechamento do espaço aéreo do país, às 21h45 (Brasília) da noite de quarta-feira (23).
O órgão também alertou que o sobrevoo do espaço aéreo russo e de Belarus, principalmente a menos de 100 milhas náuticas (185 km) da fronteira ucraniana, pode também representar risco à segurança aérea. A decisão veio após uma afirmação da Easa, de que o Ministério da Defesa da Rússia enviou à Ucrânia uma mensagem urgente alertando para um alto risco à segurança de voo, devido ao uso de armas e equipamentos militares.
No momento em que a determinação entrou em vigor, vários voos internacionais de companhias como a israelense El Al e da polonesa Polish Airlines, que estavam sobrevoando a Ucrânia, retornaram imediatamente para as cidades de origem.
A Ukraine International Airline, principal companhia aérea do país, suspendeu todas as operações por, pelo menos, 24 horas e pediu que todos os seus passageiros e demais cidadãos que estão no exterior e que desejam retornar à Ucrânia deverão se registrar em um site estatal e aguardar orientações. Nos aeroportos de Kiev, cerca de 20 aeronaves de três companhias aéreas, incluindo duas da força aérea turca, estão retidas por conta das restrições.
A invasão de tropas russas à Ucrânia é uma resposta, segundo o governo de Vladimir Putin, à tentativa do país vizinho de se aliar à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o que colocaria a Rússia em uma posição de isolamento internacional. A atual gestão também é crítica ao modo como a União Soviética foi extinta, no fim de 1991.