Colômbia aprovou fusão da Avianca e da Viva Air

Apesar da aprovação de reguladores da Colômbia, a fusão da Avianca e da Viva Air pode ficar apenas no papel

Por Marcel Cardoso Publicado em 22/03/2023, às 08h52 - Atualizado às 16h20

O efeito da suspensão das operações da Viva Air pode motivar a desistência do negócio, por parte da Avianca - Divulgação

Depois de quase onze meses, reguladores colombianos aprovaram a fusão da Avianca e da Viva Air, permitindo que esta última possa retomar os seus voos, interrompidos em 27 de fevereiro.

#Comunicado | Frente a la solicitud de preevaluación de una integración empresarial presentada por @Avianca, @VivaAirCol y Viva Air Perú, la @AerocivilCol informa: pic.twitter.com/Md32oBhJKw

— Aeronáutica Civil de Colombia (@AerocivilCol) March 22, 2023

Porém, a aprovação terá condições, visando preservar a livre concorrência no mercado. Uma delas está na rota internacional ligando Bogotá (BOG) e Buenos Aires (EZE), operada por ambas as companhias em 21 frequências semanais. Os slots deverão ser liberados no aeroporto colombiano, as passagens compradas deverão ser honradas e o esquema de baixo custo da Viva Air deverá ser mantido.

Outras devoluções deste tipo deverão ser aplicadas, segundo a Aerocivil, especialmente nas rotas com maior demanda, com o intuito de não impulsionar barreiras de acesso a BOG.

Mesmo com o aval, a Avianca informou que a integração com a Viva Air não foi fechada e as condições não são as mesmas de quando ambas as partes deram entrada no início do processo, dando a entender que há a possibilidade da desistência do negócio.

"Dadas as implicações operacionais, financeiras e técnicas da decisão da Aerocivil, a Avianca estudará o mais breve possível a resolução e as implicações das medidas estabelecidas pela autoridade para determinar a viabilidade em conformidade com elas", disse a companhia em nota, afirmando ainda que a Viva não tem mais a mesma capacidade operacional de antes da suspensão das operações. Algumas aeronaves, inclusive, já foram devolvidas aos arrendadores.

Quando a fusão foi anunciada, em abril de 2022, havia sido definido que o sócio-fundador da Viva, Declan Ryan, passaria a integrar o conselho de administração do novo grupo.

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