CEO da jetBlue diz que fusão com a Spirit é necessária para os EUA

Proposta de compra da Spirit Airlines pela jetBlue está sendo julgado por um tribunal federal dos Estados Unidos

Por Wesley Lichmann Publicado em 08/11/2023, às 11h10

Airbus A321 com a nova pintura da jetBlue - Divulgação

O futuro da fusão entre jetBlue e Spirit Airlines está sendo decidido em um tribunal federal de Boston, após uma ação do governo dos Estados Unidos contestar o negócio avaliado em US$ 3,8 bilhões.

Robin Hayes, CEO da jetBlue, disse como testemunha do julgamento, que a compra da Spirit pela empresa com sede em Nova York é necessária para aumentar a concorrerência frente as quatro maiores companhias aéreas do país.

Após anos de consolidação do setor, as chamadas 'Big Four', American Airlines, Delta, United e Southwest, possuem 80% de partipação no maior mercado de aviação do mundo.

Hayes defendeu o acordo contestado pelo Departamento de Justiça do Estados Unidos (DOJ, na sigla em inglês), e reconheceu que a transportadora de ultra baixo custo encerraria seus serviços, quando combinada com a jetBlue.

O executivo afirmou que embora sua empresa pratique preços mais altos que a Spirit, as tarifas da jetBlue são em média mais baixas em relação as maiores companhias. 

Os reguladores norte-americanos estimam que os consumidores pagariam cerca de US$ 2 bilhões por ano a mais em um provável aumento anual das tarifas.

O governo Joe Biden contesta a proposta e diz que a fusão levaria a um aumento dos preços das passagens em um mercado cada vez mais concentrado. Uma decisão final sobre o caso será apresentada nas próximas semanas.

Combinadas Jetblue e Spirit Airlines formariam a quinta maior companhia aérea do país, ultrapassando a Alaska Airlines, protagonista da última fusão do setor, depois da aquisição da Virgin America, em abril de 2016, em uma transação avaliada em US$ 4 bilhões.

A empresa resultante teria uma frota composta por mais de 450 aviões e atenderia 125 destinos, em 45 países.

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