Transporte aéreo de carga avança em maio apesar de retração entre Ásia e EUA

Segundo a IATA, a demanda global por transporte aéreo de carga cresceu 2,2% em maio

Por Marcel Cardoso Publicado em 01/07/2025, às 14h20

Mesmo com queda em rotas estratégicas, o setor de carga aérea global mantém crescimento em maio, impulsionado por resiliência operacional e baixa nos preços de combustível - IA

A demanda global por transporte aéreo de carga aumentou 2,2% em maio, em comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo dados divulgados pela Associação do Transporte Aéreo Internacional (IATA, na sigla em inglês).

Nas operações internacionais, o crescimento foi de 3,0%. A capacidade disponível para o transporte de carga, medida em toneladas por quilômetro (ACTK), também registrou avanço de 2,0% na comparação anual, com destaque para as rotas internacionais, que cresceram 2,6%.

De acordo com Willie Walsh, diretor geral da IATA, o resultado positivo ocorreu mesmo diante de uma retração de 10,7% no tráfego da rota entre Ásia e América do Norte — reflexo direto de mudanças nas políticas comerciais dos Estados Unidos. Segundo ele, o setor demonstra resiliência, conseguindo se adaptar para atender às exigências logísticas das cadeias de suprimentos globais.

O ambiente operacional teve fatores de influência variados. Em abril, a produção industrial mundial cresceu 2,6% em relação ao mesmo período de 2024, enquanto o volume transportado por via aérea avançou 6,8%, superando o crescimento de 3,8% do comércio global de mercadorias. Já os preços do combustível de aviação caíram 18,8% na comparação anual e 4,3% em relação a abril deste ano.

Entretanto, a atividade manufatureira global registrou contração em maio. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) caiu para 49,1 pontos, abaixo do nível de 50 que indica expansão, enquanto o subíndice de novos pedidos de exportação atingiu 48, refletindo a desaceleração nas encomendas internacionais.

Na América Latina, as transportadoras reportaram crescimento de 3,1% na demanda por carga aérea em maio, com aumento de 3,5% na capacidade em relação a igual período de 2024.

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