Canadá escolheu o F-35 como seu novo caça

Com vitória no Canadá, o F-35 amplia sua vitoriosa lista de novos clientes internacionais

Por André Magalhães Publicado em 28/03/2022, às 16h38

Aeronave de quinta geração é a primeira da categoria que se tornou sucesso de venda internacional - Divulgação

O Canadá confirmou a escolha do F-35A, o caça de quinta geração da Lockheed Martin, para equipar sua força aérea. A informação foi publicada no site oficial do governo do país nesta segunda-feira (28) e confirma a ampla vitória do avião furtivo no mundo.

O F-35 desbancou o favorito F/A-18 Super Hornet, da Boeing, ainda na fase preliminar. O avião de quinta geração tem obtido importantes acordos internacionais, sendo vencedor em diversas concorrências recentes, com destaque para Finlândia e Suíça, onde o Super Hornet começou como favorito.

“Após uma avaliação rigorosa das propostas, o governo do Canadá anunciou hoje que entrará na fase de finalização do processo de aquisição com o licitante mais bem classificado, o governo dos Estados Unidos (EUA) e a Lockheed Martin, para o caça F-35” , disse um comunicado oficial.

Isto marca mais uma vitória do F-35 no mercado exterior e ao mesmo tempo mais um derrota do Gripen E, da sueca Saab, que estava entre os dois finalistas no Canadá. Ainda assim, a escolha do F-35A era vista como certa, graças a campanha de vendas da Lockheed Martin e do governo dos Estados Unidos.

É esperado que Ottawa receba as 88 novas aeronaves a partir de 2025, garantindo a renovação da frota e substituindo os antigos CF-18 A/B Hornet.

“O processo de avaliação em várias etapas levou em consideração uma ampla gama de fatores, incluindo capacidades, custo, bem como benefícios e impactos econômicos. Reconhecendo que esses caças devem servir efetivamente à Rcaf (força aérea real do Canadá)”, publicou o governo.

A vitória do F-35 no Canadá acontece pouco depois da escolha finlandesa e suíça do caça que também excluiu o sueco Gripen E. Tanto os canadenses quanto os finlandeses tinham como opção da Saab o mesmo modelo escolhido pelo Brasil. Porém, analistas internacionais creditam ao sucesso do F-35, inclusive em Singapura, Coreia do Sul, Japão e Finlândia, como uma espécie de apólice de seguro. O contrato de venda do avião exige uma série de processos de segurança operacionais, visto que o elevado grau de sigilo de seus sistemas e detalhes de operação. Além disso, ser selecionado para poder comprar o F-35 coloca o país como um aliado próximo de Washington, tornando sua escolha uma garantia de apoio norte-americano em caso de conflito. 

Até o momento apenas o Brasil e a própria Suécia optaram pelo Saab Gripen E - Divulgação

 

O F/A-18 ainda sofreu uma derrota doméstica, quando, no ano passado, o jato da Boeing foi retirado do programa de aquisição de novos caças, um duro golpe para o Super Hornet que vem amargando constantes derrotas no mundo. Inclusive no Brasil o modelo perdeu a concorrência para o Gripen NG, em 2013.

No caso canadense, a saída antecipada do F/A-18 Super Hornet ocorreu quando as “propostas foram avaliadas rigorosamente em elementos de capacidade, custo e benefícios econômicos" sendo assim, o modelo da Boeing foi eliminado por não atender um ou mais itens. A avaliação também incluiu uma avaliação do impacto econômico”.

A lista de países que optaram pelo F-35 só aumenta com a inclusão já confirmada de Israel, Suíça, Noruega, Japão, Coreia do Sul, Alemanha e agora o Canadá.

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