Caça Rafale já havia sido pré-selecionado pelos colombianos, mas compra foi paralisada e os Kafir terão manutenção estendida até 2024
Por André Magalhães Publicado em 05/01/2023, às 17h55
A Colômbia manterá seus veteranos caças Kfir operacionais pelo menos até o dia 31 de dezembro de 2024. O governo assinou um contrato com a Israel Aerospace Industries Ltd. (IAI, na sigla em inglês) para manter os aviões em manutenção e revisão por mais 24 meses.
O contrato com a IAI é de 30 bilhões de pesos e prevê que sejam feitas manutenções programadas e não programadas do tipo I e II, que abrangem uma série de itens e componentes. Além de reliazar inspeções especiais e revisões nos motores General Electric J-79J1EQD, informou o site Infobae.
Este novo capítulo da força aérea (Fuerza Aérea Colombiana) ocorre poucos dias depois que o governo paralisou a compra de novos caças.
Em dezembro, o francês Rafale havia sido pré-selecionado para reequipar a FAC. Ao todo, seriam 16 exemplares que poderiam ser novos de fabrica e/ou do inventário da Armée de l'air.
Porém, Bogotá queria assinar um primeiro contrato ainda no final de 2022, mas prevendo a aquisição de um lote menor, e ao longo de 2023 um outro contato elevaria o pedido até totalizar as 16 unidades planejadas. A pausa nas negociações ocorreu por a proposta não ter agrado nem a Dassault nem mesmo a Saab, que tinha a oferta do Gripen E, aceitou os termos.
Um dos temores é o risco agregado no contrato. Ao se produzir um lote limitado de aviões os custos crescem e não existe garantiar que serão compensados com mais unidades no futuro.
Também estava na disputa o europeu Eurofighter Typhoon e norte-americano F-16V Block 70, a versão mais moderna da família F-16, este último inclusive era tido por alguns como um dos favoritos.
O Kfir foi adquirido pela Fuerza Aérea Colombiana em 1989, que recebeu ao todo 24 caças. Entre os anos de 2009 a 2017, os aviões passaram por uma considerável modernização, ganhando uma série de capacidade. Ainda que estejam desatualizados em relação aos F-16 chilenos, Su-30MKV venezuelanos e em especial aos Gripen E brasileiros, a atualização permitiu manter aboa capacidade real de combate.
Entre as atualizações estavam um novo radar ativo de varredura eletrônica ELM-2032, da Elta Systems e data-link. Além disso, também está na lista a integração de mísseis ar-ar de longo alcance, similar ao utilizado nos caças F-16 Block 52.