Vazamento de gasoduto tem preocupado autoridades da Europa e já é descrito como sem precedentes
Por André Magalhães Publicado em 27/09/2022, às 19h45
Um caça F-16 da Dinamarca foi deslocado para avaliar a área de vazamento de gás no Mar Báltico, após uma grave avaria ter comprometido o gasoduto Nord Stream 2 que está apoiado no leito marinho.
O vazamento em larga escala de gás natural tem gerado preocupação na Europa, desde as primeiras horas desta terça-feria (27). As fotos e vídeos feitos pelo caça mostram o tamanho da área comprometida, com alguns relatos que a área no mar tem mais de 700 metros de diâmetro.
Se video og fotos af gaslækagerne på Nord Stream 1 og 2-gasledningerne i Østersøen på https://t.co/pj96CN7CDB: https://t.co/7bgt8TljaH #dkforsvar pic.twitter.com/I1zEPaBLYO
— Forsvaret (@forsvaretdk) September 27, 2022
Autoridade Marítima da Suécia emitiu um comunicado informando dois vazamentos no Nord Stream1 e outro maior no Nord Stream 2.
"As posições de dois danos presumidos foram identificadas e estão localizadas a nordeste da [ilha] Bornholm na zona economica exclusiva (ZEE) sueca e dinamarquesa, respectivamente", afirmou a Nord Stream AG, multinacional responsável pelo sistema.
Ainda é desconhecido a causa dos vazamentos nas três linhas de gás submersas. Tais gasodutos ligam a Rússia a Alemanha, sendo responsáveis pelo abastecimento de grande parte da Europa. O site estatal russo TASS informou que "o dano foi sem precedentes".
O caso ocorre em meio as tensões entre a Rússia e países da Europa Ocidental. Moscou é um grande forncedor de gás para vários países do continente e se diz surpreso com o problema no gasoduto.
A queda de pressão significativa causada pelo vazamento de gás em ambas as linhas do gasoduto registrado ontem, leva a uma forte suposição de danos físicos no gasoduto.
A Nord Stream AG informou imediatamente as guardas costeiras relevantes sobre o incidente. As posições de dois danos presumidos foram identificadas e estão localizadas a nordeste de Bornholm na ZEE sueca e dinamarquesa, respectivamente.
Atualmente, as autoridades marítimas suecas e dinamarquesas estabeleceram uma zona de segurança de 5 milhas náuticas [9,3 quilômetros] em torno dos locais identificados
A Nord Stream AG começou a mobilizar todos os recursos necessários, em cooperação com as autoridades locais relevantes, para uma campanha de pesquisa para avaliar os danos. Atualmente, não é possível estimar um prazo para a restauração da infraestrutura de transporte de gás. As causas do incidente serão esclarecidas como resultado da investigação.