Projeto é uma joint venture com a Wisk, que tem o cofundador do Google como um dos acionistas
Marcel Cardoso Publicado em 24/01/2022, às 09h05 - Atualizado às 09h17
Aeronave elétrica é classificada como de sexta geração | Foto: National Geographic/Craig Cutler
A Boeing vai investir mais de US$ 450 milhões (R$ 2,45 bilhões) em um projeto de aeronaves elétricas autônomas de transporte de passageiros, em uma joint venture com a empresa norte-americana Wisk, que tem como um dos acionistas o cofundador do Google, Larry Page.
A fabricante não informou oficialmente a previsão de quando as primeiras unidades entrarão em operação comercial, mas a certificação, a primeira deste tipo nos Estados Unidos, pode sair até 2028, segundo divulgado pela agência Reuters. O prazo é anos posterior a projetos de concorrentes como os da Eve, da Embraer, saírem do papel.
Gol fecha financiamento de mais de R$ 3 bilhões para novos 737 MAX
Após cinco anos da certificação de sua aeronave, classificada como de 6ª geração, a Wisk pretende operar uma das maiores frotas de aeronaves AAM eVtol do setor. Neste período, estão previstos cerca de 14 milhões de voos anuais, trazendo economia de tempo para mais de 40 milhões de pessoas em 20 cidades, todas com zero emissões de carbono.
"Com esse investimento, estamos reafirmando nossa crença nos negócios da Wisk e a importância de seu trabalho no pioneirismo da capacidade autônoma, totalmente elétrica, orientada para a indústria aeroespacial”, segundo o gestor de estratégia da Boeing, Marc Allen.
O anúncio veio dois anos após a interrupção de novos projetos de aeronaves de médio porte, que gerariam, possivelmente, o novo 797.