CEO diz que fabricante irá se dedicar na retomada do 787
Marcel Cardoso Publicado em 26/01/2022, às 13h30 - Atualizado às 15h00
Apesar das interrupções no 787, a Boeing teve um bom resultado nas entregas de aeronaves no ano | Foto: Divulgação
A Boeing divulgou, nesta quarta-feira (26), os resultados financeiros referentes ao quarto trimestre de 2021 e aos doze meses do ano. No período entre outubro e dezembro, a fabricante teve prejuízo de US$ 4,16 bilhões (R$ 22,6 bilhões), fechando o ano no vermelho em US$ 4,29 bilhões (R$ 23,3 bilhões).
Se comparado ao quarto trimestre de 2020, as perdas recuaram pela metade e, com os doze meses do ano anterior, o prejuízo foi cerca ⅓ do registrado. A receita trimestral fechou em US$ 12,2 bilhões (R$ 66,4 bilhões) e a anual em US$ 51,4 bilhões (R$ 279,7 bilhões).
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Apesar da suspensão das entregas do 787, devido a impasses de cunho técnico com a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA), mas compensado pelo bom desempenho do 737 MAX, o número de aeronaves entregues de outubro a dezembro fechou em 99, quarenta a mais do que no mesmo período de 2020. Nos doze meses do ano, foram 340, mais que o dobro do período anterior.
O CEO da Boeing, Dave Calhoun, não especificou metas para 2022, mas, em mensagem aos funcionários, ele deu ênfase ao problema que o widebody representa aos resultados da empresa.
“Agora estamos aplicando o mesmo foco disciplinado e detalhado para o 787. Esse esforço continua impactando nossas entregas e nossos resultados financeiros, mas estamos plenamente confiantes de que é a coisa certa a fazer. Vejo os impactos financeiros deste trabalho como um investimento de longo prazo em um programa que tem uma pista significativa pela frente. Estamos tomando o tempo agora para garantir que estamos posicionados bem como a demanda de widebodies se recupera”, segundo Calhoun.