A Boeing irá pagar mais de R$ 26 bilhões pela Spirit Aerosystems, que denunciou o uso de peças falsificadas em aviões
Por Marcel Cardoso Publicado em 01/07/2024, às 08h41
A Boeing anunciou na madrugada desta segunda-feira (1), a aquisição da Spirit AeroSystems, um de seus principais fornecedores, por US$ 4,7 bilhões, o equivalente a R$ 26,3 bilhões.
Em junho, a empresa denunciou o suposto uso de peças de titânio falsificadas em aeronaves do fabricante norte-americano e da rival Airbus, após encontrar pequenos buracos no material, devido à corrosão. O caso está sendo investigado pela agência federal de aviação dos Estados Unidos, a FAA.
Spirit today announced a definitive merger agreement under which Boeing will acquire Spirit. Spirit also announced a binding term sheet with Airbus under which Airbus will assume ownership of certain Spirit operations that serve Airbus programs. https://t.co/v6ulP5H3Rp pic.twitter.com/kgMs55rRz3
— Spirit AeroSystems (@SpiritAero) July 1, 2024
“Acreditamos que este acordo é do melhor interesse do público que voa, dos clientes das nossas companhias aéreas, dos funcionários da Spirit e da Boeing, dos nossos acionistas e do país de forma mais ampla”, disse o presidente e CEO da Boeing, Dave Calhoun, que deixará o cargo no fim do ano, motivado pelo incidente envolvendo uma das portas de um 737 MAX 9 da Alaska Airlines, produzidas pela Spirit.
O acordo afeta diretamente a Airbus, que anunciou que o fornecedor, que também atua na produção de partes da fuselagem dos modelos A220 e A350 nos EUA, Irlanda do Norte, França e Marrocos, irá compensar o fabricante em US$ 559 milhões (R$ 3,13 bilhões).
Em nota, o fabricante europeu disse que pretende garantir a estabilidade do fornecimento para os seus programas de aeronaves comerciais através de um caminho mais sustentável, tanto operacional como financeiramente.