Pedido firme inclui 78 aeronaves Boeing 787, além de 43 opções, jatos serão divididos entre duas companhias estatais
Por Wesley Lichmann Publicado em 14/03/2023, às 10h15
A Boeing anunciou hoje (14), a venda de 78 jatos e opção para 43 aeronaves 787 Dreamliner para duas transportadoras da Arábia Saudita. O negócio a preço de tabela é avaliado em cerca de US$ 35 bilhões, o que representa o quinto maior pedido comercial registrado na história da fabricante.
O pedido inclui o 787-9 e o 787-10 e será dividido entre a Saudia Airlines e a nova companhia Riyadh Air. O acordo faz parte do ambicioso plano saudita para atrair 300 milhões de viajantes e 100 milhões de visitantes anualmente até 2030, transformando o país em um grande centro de aviação global.
A Saudia Arabian Airlines receberá 39 aeronaves Dreamliner e mais dez opções, a companhia de bandeira do país utilizará a versão -9 e -10. Atualmente a frota da empresa estatal possui 50 aviões de fuselagem larga da Boeing, incluindo o 777-300ER, 787-9 e 787-10.
Os novos jatos ajudarão a maior transportadora aérea do país a expandir sua malha internacional de forma eficiente e com um produto competitivo.
Outros 39 Boeing 787-9 serão operados pela Riyadh Air, com opções para mais 33 Dreamliners. A nova empresa, apoiada pelo fundo soberano saudita, terá Riad como seu principal centro de conexões, fazendo uso da posição geográfica estratégica da Arábia Saudita entre os continentes da Ásia, África e Europa.
A Riyadh Air pretende atender até 100 destinos em todo mundo até 2030, permitindo que Riad se torne um importante centro de conexões mundial, concorrendo diretamente com Dubai, sede da Emirates e Doha, onde a Qatar Airways concentra suas operações.
"O compromisso da Riyadh Air com seus clientes será a integração da inovação digital e da autêntica hospitalidade saudita para oferecer uma experiência de viagem perfeita. Ao posicionar a companhia aérea como um conector global e um veículo para impulsionar viagens de turismo e negócios para Arábia Saudita, nosso novo 787-9 servirão como base para nossas operações em todo mundo, à medida que construímos uma rede mais ampla e conectamos nossos clientes à Arábia Saudita e a muitos destinos ao redor do mundo", comenta Tony Douglas, CEO da Riyadh Air.
Como acontece com a Saudia Airlines, principal operadora do país, a nova transportadora será totalmente controlada pelo Estado. A Riyadh Air deve adicionar mais de US$ 20 bilhões à economia saudita, além da criação direta e indireta de mais de 200 mil postos de trabalho.