Inspeção preliminar está sob análise da autoridade aeronáutica dos Estados Unidos
Redação Publicado em 12/04/2021, às 09h00 - Atualizado às 08h58
Possível problema relacionado com rebites do Boeing 777 deverá exigir atenção especial de empresas aéreas
A autoridade de aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) propôs a apreciação de um boletim para avaliar o estado geral dos rebites de cabeça sólida de todos os Boeing 777 em serviço no mundo.
Ainda que não tenha sido formalizado como uma diretiva de aeronavegabilidade (AD), ou seja, por ora, ainda não é uma obrigatoriedade, a FAA avalia a necessidade de uma correção em diversos rebites utilizados no avião.
A consulta para a criação de uma AD foi iniciada no último dia 9, estando dentro de um período de comentários e avaliações dos operadores do modelo e da própria Boeing. As propostas deverão ser encaminhadas a agência até o dia 25 de maio. A finalidade é que as empresas façam uma inspeção preliminar em locais específicos do 777, verificando a integridade dos fixadores.
O AD proposto exigirá uma vistoria detalhada dos rebites instalados em estações da fuselagem específicas, que podem estar comprometidos em decorrência da ação de diversos elementos, incluindo carga mecânica e aerodinâmica em decorrência da operação dos aviões.
Uma eventual falha de uma série de rebites pode comprometer a integridade estrutural de componentes, podendo levar a descompressão, perda de sistema hidráulico dos freios, entre outros.
A análise da necessidade de emissão de uma AD é uma ação corriqueira no setor aeronáutico, com análise de inspeções de milhares de componentes sendo sugeridos ao longo de um ano, com empresas aéreas e fabricantes avaliando medidas de correção emergencial ou não.
O problema não compromete a segurança da maior parte dos mais de 1.600 Boeing 777 produzidos, mas poderá exigir uma atenção especial para reparo do problema nos casos que forem encontrados.