Retomada acontece quase três anos após um acidente fatal envolvendo uma aeronave da companhia
Marcel Cardoso Publicado em 27/12/2021, às 09h20 - Atualizado às 15h19
Empresa aérea africana será uma das últimas do mundo a recolocar o 737 MAX em operação | Foto: Divulgação
A Ethiopian Airlines poderá finalmente voltar a operar voos com o Boeing 737 MAX em primeiro de fevereiro de 2022, quase três anos após o trágico acidente envolvendo uma aeronave (ET-AVJ) da companhia e que causou a interrupção das operações com o modelo por quase 20 meses.
O caso foi considerado extremamente grave dentro do histórico de operação do 737 MAX, que havia sofrido outro acidente faltal poucos meses antes, em condições que pareciam similares naquele momento. O primeiro país a suspender os voos com o 737 MAX foi a China, seguido dos Estados Unidos e da comunidade europeia, para enfim ser proibido de voar em praticamente todo o mundo.
“Estamos retornando com o 737 MAX não apenas após a recertificação pela Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) e por outros órgãos reguladores, mas também depois de mais de 30 companhias aéreas em todo o mundo”, explicou Tewolde GebreMariam, CEO da companhia. “(...) Reservamos tempo suficiente para monitorar o trabalho de modificação do projeto e os mais de 20 meses de rigoroso processo de recertificação e garantimos que nossos pilotos, engenheiros, técnicos de aeronaves e tripulação de cabine confiam na segurança da frota”.
Há apenas quatro aeronaves deste modelo na frota da Ethiopian Airlines, todas entregues entre junho e dezembro de 2018 e que estão inoperantes desde março do ano seguinte. A empresa espera receber em 2022 ao menos mais cinco unidades, de um total de vinte encomendadas em 2014.
O Boeing 737 MAX voltou à operação comercial há um ano, com a Gol Linhas Aéreas sendo a primeira companhia aérea no mundo a retomar os voos com o modelo.