Banco estatal aprovou o financiamento da Azul Linhas Aéreas para dez aviões E195-E2 da Embraer
Por Edmundo Ubiratan Publicado em 02/08/2024, às 14h00
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou o financiamento da Azul Linhas Aéreas para dez aviões E195-E2 da Embraer, com valor estimado em R$ 1,9 bilhão.
A operação é a maior feita pela Azul junto aos BNDES, superando o acordo aconterior de 2009 quando foram financiadas sete aeronaves, na época avaliadas em R$ 360 milhões, e em 2010, seis aeronaves, da ordem de R$ 330 milhões.
Embora muitas vezes o uso de financiamento do BNDES seja polêmico no Brasil, a modalidade é comum em todo o mundo, inclusive nos Estados Unidos e Europa, que contam com fomento público para desenvolvimento de interesses locais, como indústrias e empresas.
“No Brasil, esse papel é desempenhado pelo BNDES. A aquisição de aeronaves da Embraer pela Azul fortalece a economia nacional, gerando recolhimento de impostos aqui, além de empregos qualificados e renda no Brasil”, explicou Aloizio Mercadante, presidente do BNDES.
Há várias décadas a Embraer recebe apoio oficial do BNDES para vendas no Brasil e mesmo no exterior, contando com taxas de juros competitivas que favorecem acordos para aviões civis e militares.
“Embraer, BNDES e Azul formam uma parceria histórica que tem sido fundamental para o crescimento da indústria do transporte aéreo brasileiro”, disse Antonio Carlos Garcia, vice-presidente executivo Financeiro e de Relações com Investidores da Embraer.
Desde 1997, ano do primeiro acordo entre o BNDES e a Embraer, o banco já financiou cerca de US$ 25,9 bilhões em exportação, favorecendo exatos 1.311 aeronaves produzidas no Brasil. Os financiamentos do BNDES complementam o financiamento provido pelo mercado privado e possibilitam à Embraer concorrer no mercado externo em igualdade de condições com seus principais concorrentes.
Em julho deste ano, o BNDES anunciou a aprovação do financiamento para a exportação de 32 unidades do E175 para a norte-americana American Airlines. Além disso, aprovou um investimento de R$ 500 milhões no plano de investimentos em inovação da Embraer.