Azul reestrutura dívidas e reforça caixa

Após negociações com parceiros, a companhia garantiu um aporte de R$ 3,1 bilhões

Por Gabriel Benevides Publicado em 28/01/2025, às 21h18

- Azul/Divulgação

A Azul informou nesta terça-feira (28), a conclusão do processo de negociação com seus arrendadores e fabricantes de aeronaves e detentores de títulos de dívidas, que resulta em uma exclusão de mais de R$ 11 bilhões de dívidas e obrigações da companhia.

O resultado decorre da conversão de instrumentos conversíveis em participação da companhia junto a seus parceiros comerciais, totalizando R$ 3,3 bilhões em 94 milhões de ações preferenciais AZUL4, além da reestruturação de mais de R$ 4,6 bilhões em dívidas financeiras com vencimento para 2029 e 2030, acompanhada de outras melhorias no fluxo de caixa da empresa.

Além disso, a Azul informou que no último ano, enfrentou desafios externos que fugiam ao seu controle, como a desvalorização do real frente ao dólar, o impacto dos altos custos operacionais, o elevado índice de judicialização no setor aéreo, a crise global da cadeia de suprimentos e as enchentes no Rio Grande do Sul. Apesar desse cenário adverso, a Azul conseguiu negociar de forma estratégica com seus investidores e parceiros comerciais e financeiros, reafirmando a confiança do mercado na empresa.

A negociação da reestruturação das obrigações inclui acordos estratégicos com arrendadores, fabricantes e outros fornecedores, resultando também em um fortalecimento do fluxo de caixa de mais de R$ 1,8 bilhão até o final de 2027.

A conclusão desses acordos, além de aprimorar o fluxo de caixa nos próximos três anos, reduzirá o endividamento em aproximadamente 1,4 vezes, considerando os números do terceiro trimestre de 2024 em uma análise pró-forma.

“Estamos muito otimistas em relação ao futuro da Azul. Temos prevista a chegada de 15 novos Embraer E2 ao longo do ano, que serão extremamente valiosos para garantir a conectividade dos nossos Clientes e ampliar o acesso ao modal aéreo em todo o País. Agradecemos a confiança de nossos parceiros e investidores que nos permitiu concluir com sucesso essa negociação de maneira amigável e que seguirão nos apoiando no fortalecimento constante da Azul”, destacou John Rodgerson, CEO da Azul.

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