Prejuízo da Azul aumenta 130% no primeiro semestre de 2025

Azul registra receita recorde de R$ 4,9 bilhões no segundo trimestre, mas fecha os seis primeiros meses do ano com mais que o dobro do prejuízo

Por Marcel Cardoso Publicado em 14/08/2025, às 19h42

Azul registra recorde de receita, amplia capacidade internacional e avança em reestruturação financeira no segundo trimestre - Divulgação

A Azul Linhas Aéreas divulgou na noite de hoje (14), os resultados financeiros do segundo semestre de 2025, reportando prejuízo líquido ajustado de R$ 2,29 bilhões, uma alta de 130,7% em relação aos seis primeiros meses de 2024.

A companhia aérea registrou receita operacional recorde de R$ 4,9 bilhões no segundo trimestre, alta de 18,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado foi impulsionado por forte demanda, aumento de capacidade e crescimento expressivo das receitas auxiliares, mesmo em meio ao processo de reorganização sob o Chapter 11 nos Estados Unidos.

A capacidade consolidada cresceu 17,5% no trimestre, com destaque para o avanço de 36,8% nas operações internacionais e 12,9% no mercado doméstico. A companhia transportou cerca de oito milhões de passageiros, alta de 7,7% na comparação anual, e registrou taxa de ocupação de 81,5%, 1,3 ponto percentual acima do segundo trimestre de 2024.

John Rodgerson, CEO da Azul, disse que o trimestre foi “determinante” para a história da empresa, marcado pela assinatura de acordos com credores, arrendadores e parceiras estratégicas como United Airlines e American Airlines. A medida visa reduzir o endividamento e reforçar a geração de caixa.

As receitas auxiliares cresceram 21% no trimestre, com destaque para a Azul Viagens (+45% em reservas), Azul Cargo (+14% na receita líquida, +50% em negócios internacionais) e Azul Fidelidade (+8% no faturamento bruto). A liquidez imediata atingiu R$ 3,3 bilhões, alta de R$ 945 milhões sobre o primeiro trimestre, já considerando financiamentos obtidos durante o período.

A companhia aérea informou que continuará operando normalmente durante o processo de reorganização e projeta fortalecimento operacional e financeiro após a conclusão do plano.

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