Acordo entre a Azul Linhas Aéreas, arrendadores e fabricantes substituirá R$ 3 bilhões em dívidas por ações da companhia aérea
Por Marcel Cardoso Publicado em 08/10/2024, às 09h24
A Azul Linhas Aéreas anunciou, na última segunda-feira (7), que fechou acordos comerciais com arrendadores e fabricantes de equipamentos originais, que representam cerca de 92% das obrigações de emissão de ações existentes.
Segundo a companhia aérea, o certame faz parte de um plano desenvolvido para fortalecer a geração de caixa e melhorar sua estrutura de capital. Conforme os termos, os arrendadores e OEMs eliminarão sua participação pro-rata no saldo atual das obrigações de emissão de ações, equivalente a cerca de R$ 3 bilhões. Em troca, receberão até 100 milhões de novas ações preferenciais da Azul em uma única emissão.
A negociação também depende de alterações em outras obrigações, como a obtenção de financiamento adicional, além de estar sujeita à finalização da documentação definitiva e vinculativa com os arrendadores e OEMs. A companhia aérea disse ainda que está negociando com os detentores dos 8% restantes das obrigações de emissão de ações e com outras partes interessadas.
A TAP Air Portugal está sendo pressionada pela Azul para que honre uma dívida feita em 2016. A empresa brasileira avisou que pode romper o acordo de cooperação, caso a dívida, que já soma 160 milhões de euros (R$ 968,9 milhões), não seja paga ou garantias adicionais não sejam oferecidas.
De acordo com o jornal português ECO, a Azul fez esse alerta no fim de setembro, em meio às negociações de privatização da TAP, que despertaram o interesse de grupos como Lufthansa, IAG e Air France-KLM.