Após fim de greve, Boeing demite primeiros 400 funcionários

Boeing planeja cortar cerca de 17.000 funcionários nos próximos meses, como parte de seu plano de restruturação

Por Marcel Cardoso Publicado em 18/11/2024, às 09h06

Pelo menos duas bases da Boeing sofreram perdas de força de trabalho - Divulgação

A Boeing entregou avisos de demissão a mais de quatrocentos funcionários sindicalizados, como parte de uma série de cortes que pode impactar 10% de sua força de trabalho nos próximos meses.

De acordo com a Associated Press, os demitidos permanecerão na folha de pagamento da empresa até meados de janeiro. Kelly Ortberg, CEO do fabricante, disse que as demissões são necessárias para alcançar a recuperação financeira. Segundo o sindicato que representa o setor aeroespacial, as demissões iniciais atingiram funcionários em pelo menos duas bases, mas que um número maior de cortes está previsto para o início de 2025.

A greve dos funcionários da Boeing, encerrada no início de novembro, levou a um acordo que prevê aumentos salariais de dois dígitos percentuais.

Boeing considera vender a Jeppsen

O fabricante norte-americano está estudando a possibilidade de vender a Jeppesen, sua empresa fornecedora de cartas de navegação aérea, por um valor estimado de US$ 6 bilhões (R$ 34,7 bilhões). A medida faria parte do plano para reduzir a dívida do grupo, que atualmente alcança a marca de US$ 58 bilhões (R$ 335,2 bilhões).

O objetivo seria concentrar os negócios em ativos atrelado apenas as operações centrais de aviação comercial e defesa. Segundo fontes anônimas citadas pela agência Bloomberg, a venda seria uma das principais ações do CEO da Boeing, Kelly Ortberg, para fortalecer o balanço patrimonial da empresa.

A Jeppesen foi adquirida pela empresa em 2000 por US$ 1,5 bilhão (R$ 8,67 bilhões), e desde então a companhia tem se mostrado uma fonte estável de receita.

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