Iata diz que medida não resolve o problema no curto prazo
Marcel Cardoso Publicado em 26/11/2021, às 16h45 - Atualizado às 16h53
O aeroporto de Guarulhos é a única porta de entrada de voos procedentes da África no Brasil | Foto: Divulgação.
Nesta sexta-feira (26), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou medidas restritivas temporárias em relação aos voos e viajantes procedentes da África do Sul, Botsuana, Eswatini (antiga Suazilândia), Lesoto, Namíbia e Zimbábue.
A medida é uma resposta à descoberta de uma nova variante do Sars-CoV-2 identificada como B.1.1.529. A Nota Técnica do órgão orienta a suspensão de voos, bem como a autorização de desembarque no Brasil de viajantes que estiveram nestes países nos últimos 14 dias. No caso de brasileiros, estes deverão fazer quarentena após o desembarque.
Mais tarde, o governo dos Estados Unidos tomou a mesma decisão englobando os seis países, além de Moçambique. O anúncio da Casa Branca veio três semanas depois da suspensão das restrições de viagem impostas a 30 países, que estavam em vigor desde o início da pandemia.
O diretor geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), Willie Walsh, reagiu, dizendo que “os governos estão respondendo aos riscos da nova variante do coronavírus, causando medo entre os viajantes. (...) Devemos usar a experiência dos últimos dois anos para avançar para uma abordagem coordenada baseada em dados que encontre alternativas seguras para fechamentos de fronteiras e quarentena. As restrições de viagem não são uma solução de longo prazo para controlar as variantes da covid-19”.
Atualmente, os únicos voos diretos entre o continente africano e o Brasil são os da Taag Angola Airlines e da Ethiopian Airlines, que ofertam três frequências semanais de Luanda (LAD) e Addis Ababa (ADD), respectivamente, para São Paulo (GRU).