Demanda doméstica cai impactada pela valorização do dólar e combustível de aviação
Redação Publicado em 07/06/2022, às 17h29
O querosene de aviação (QAv) acumulou alta de 82,7% apenas no primeiro trimestre de 2022, quando comparado ao mesmo período de 2019. A cotação do dólar em relação ao real, teve aumento de 38,7% na mesma base de comparação.
O impacto direto aparece na queda por voos domésticos em abril, que recuou 9,9% em abril, no mesmo comparativo com 2019. Segundo dados da Anac, a oferta, calculada em assentos-quilômetro oferecidos (ASK), teve retração de 5,8% na mesma comparação.
“Vale lembrar que o QAV responde por mais de 30% dos custos do setor, que por sua vez têm uma parcela superior a 50% dolarizada”, afirma Eduardo Sanovicz, presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR).
Assim, taxa média de ocupação dos aviões ficou em 78,4%, uma redução de 3,5 pontos percentuais, com total transportado de 6,1 milhões de passageiros, recuo de 16,2% no comparativo com abril de 2019.
Na mesma base de comparação, no mercado internacional a demanda (RPK) teve redução de 34,2% e a oferta (ASK) registrou queda de 33,9%. O aproveitamento dos aviões ficou em 83,9%, com ligeira redução de 0,4 ponto percentual. Ao todo, foram transportados 1,1 milhão de passageiros, uma retração de 39,4%.
Atualmente o governo, empresas aéreas e entidades do setor trabalham para buscar uma forma de reduzir os impactos no transporte aéreo gerados pela alta do petróleo e da super valorização do dólar.