Relatório Global Market Forecast 2025 da Airbus prevê 3.420 aviões na frota mundial de cargueiros até 2045
Por Marcel Cardoso Publicado em 22/10/2025, às 15h48
O mercado mundial de transporte aéreo de carga deverá registrar um crescimento expressivo nas próximas duas décadas, com a frota global de aeronaves cargueiras chegando a 3.420 unidades até 2045, um aumento de 45% em relação ao volume atual.
A projeção faz parte do estudo anual da Airbus, o Global Market Forecast 2025 divulgado hoje (22), que aponta a entrada de 2.605 novas aeronaves no segmento, sendo 1.530 substituições e 1.075 para expansão da demanda.
Do total de novas aeronaves cargueiras, 1.670 serão convertidas de aviões de passageiros (P2F) e 935 serão cargueiros de nova fabricação. O relatório detalha ainda que 1.120 serão modelos de pequeno porte, 855 de médio porte (widebody) e 630 de grande porte, refletindo a diversificação do transporte aéreo de carga em múltiplas rotas e capacidades.
Após o crescimento acelerado observado durante a pandemia, impulsionado pela conversão de aeronaves comerciais e baixa taxa de aposentadoria de cargueiros antigos, a Airbus prevê que parte significativa dessa frota mais antiga será retirada de operação. A substituição será feita por modelos mais eficientes.
O estudo destaca que o Produto Interno Bruto (PIB) e o comércio global continuam sendo os principais motores do transporte aéreo de carga. A Airbus estima um crescimento médio anual de 3,3% para o setor, superior à expansão do comércio global, projetada em 2,7% ao ano.
Com isso, o volume de carga aérea deve praticamente dobrar em vinte anos, consolidando o papel do modal na sustentação das economias e no acesso a bens essenciais, inclusive em regiões remotas.
O relatório também prevê uma redistribuição dos fluxos de carga aérea, acompanhando a diversificação das rotas comerciais. A crescente industrialização na Ásia-Pacífico e a expansão de mercados consumidores emergentes, como Brasil, Indonésia e Vietnã, tendem a redefinir o mapa global do frete aéreo nas próximas décadas.
Segundo a Airbus, as regiões da Ásia-Pacífico e América do Norte responderão por quase dois terços da demanda global, com necessidade de 850 e 920 aeronaves, respectivamente.