Airbus e Boeing podem estar usando peças de titânio falsificadas

A FAA está investigando o possível uso de peças de titânio falsificadas da China pela Airbus e pela Boeing

Por Marcel Cardoso Publicado em 17/06/2024, às 09h01

Documentos falsificados que alegam a autenticidade de um lote de titânio teriam sido fornecidos por uma empresa chinesa - Divulgação

Após uma denúncia feita por um fornecedor, a agência federal de aviação civil dos Estados Unidos, a FAA, está investigando o suposto uso de peças de titânio falsificadas em aviões da Airbus e da Boeing.

A Spirit Aerosystems levantou a suspeita após encontrar pequenos buracos no material devido à corrosão. De acordo com o jornal New York Times, documentos falsificados que alegam a autenticidade de um lote de titânio foram fornecidos por uma empresa chinesa em 2019, antes desta entrar no mercado da aviação. 

A publicação informou ainda que três fontes afirmaram que aeronaves construídas entre 2019 e 2023, incluindo os Boeing 737 MAX e 787, além do Airbus A220, podem ter componentes feitos com o material.  

Este problema em toda a indústria afeta algumas remessas de titânio recebidas por um conjunto limitado de fornecedores, e os testes realizados até o momento indicaram que foi usada a liga de titânio correta”, disse a Boeing, que acrescentou que está removendo todas as peças afetadas dos aviões antes das entregas.

A Airbus também confirmou o problema e informou que está tomando providências. “Numerosos testes foram realizados em peças provenientes da mesma fonte de fornecimento. Eles mostram que a aeronavegabilidade permanece intacta”, disse o fabricante, em nota.

A FAA disse ao New York Times que estava buscando determinar as implicações do problema para a segurança dos modelos afetados.

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