Air Lease acredita que pressão na cadeia de suprimentos devem impactar metas de entregas anuais da Airbus e Boeing
Por Wesley Lichmann Publicado em 06/11/2023, às 18h05
A empresa de arrendamento de aeronaves Air Lease, disse hoje (6), em teleconferência dos resultados do terceiro trimestre, que as metas de entregas para o ano inteiro de 2023, não devem ser alcançadas pela Airbus e Boeing.
A Air Lease acredita que a escassez e a qualidade na cadeia de suprimentos ainda afeta o ritmo de produção e consequetemente o volume de entregas da Airbus e Boeing, embora destaque que a demanda por viagens aéreas tenha impulsionado o fornecimento de aviões.
Uma das maiores arrendadoras do setor reportou lucro líquido de US$ 122 milhões, ou US$ 1,10 diluído por ação, alta de 22% em relação ao mesmo período do ano passado. As receitas cresceram 17,5%, para US$ 659,4 milhões.
"A procura de aeronaves continua muito forte, enquanto a cadeia de abastecimento e outros desafios continuarão a restringir o fornecimento de aviões comerciais", disse John L. Plueger, CEO e Presidente, da Air Lease.
A Airbus estima que 720 aeronaves serão entregues durante o ano de 2023, enquanto a Boeing revisou para baixo sua previsão, e espera entregar agora até 480 novos jatos no acumulado dos doze meses deste ano.
Ambas pretendem aumentar a taxa de produção mensal dos seus principais produtos nos próximos meses
As metas de entregas de aeronaves será impactada pelo problema de qualidade que a Boeing enfrenta com a fornecedora Spirit AeroSystems, responsável pela produção da fuselagem do 737 MAX.
Já a necessidade de inspeção e remoção dos motores Pratt & Whitney, que equipam parte da frota de A320neo, impõe condições adversas para a Airbus cumprir seus respectivos contratos.