Aeroporto de Maricá, no Rio de Janeiro, substituirá as observações meteorológicas feitas a olho nu por câmeras de alta resolução
Por Marcel Cardoso Publicado em 27/11/2024, às 08h16
O aeroporto de Maricá (JMR), na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, está modernizando sua Estação Prestadora de Serviços de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo, com a substituição das observações meteorológicas feitas a olho nu por câmeras de alta resolução.
A iniciativa torna o terminal fluminense pioneiro no uso dessa tecnologia no Brasil. Atualmente, mais de 550 aeroportos brasileiros não possuem o Serviço de Tráfego Aéreo (ATS). Com a modernização, será possível ampliar os serviços de informação de voo para aeroportos civis externos ao Comando da Aeronáutica (Comaer) que ainda não possuem suporte especializado.
“A implementação do Serviço Remoto de Informação de Voo de Aeródromo (R-AFIS) no Aeroporto de Maricá representa um passo significativo nessa direção, utilizando tecnologias nacionais e fomentando a inovação no setor aeronáutico brasileiro”, disse Isaac Nascimento, superintendente de Operações da Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), responsável pela administração do aeroporto.
A adoção do serviço faz parte de um projeto liderado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea). O órgão está conduzindo uma Prova de Conceito (POC) em parceria com empresas privadas, buscando expandir os Serviços de Informação de Voo de Aeródromo (AFIS) para aeroportos civis que atualmente não possuem essa infraestrutura.
A iniciativa deve gerar mais oportunidades para Operadores de Estação Aeronáutica (OEA). Esses profissionais continuarão desempenhando um papel central, e a expectativa é que a demanda por eles aumente.