O acidente envolvendo um Douglas DC-9 da Delta aconteceu próximo ao aeroporto de Boston
Por Marcel Cardoso Publicado em 31/07/2023, às 09h38
Há 50 anos, em 31 de julho de 1973, um acidente com um McDonnell Douglas DC-9-31 da Delta Air Lines, matou 89 pessoas nos Estados Unidos.
A aeronave de matrícula N975NE, que realizou o seu primeiro voo exatamente seis anos antes da tragédia, cumpria o voo DL723, procedente do aeroporto regional de Manchester (MHT), no estado de New Hampshire, estava em aproximação para Boston (BOS), quando a torre de controle autorizou o procedimento com atraso, em meio à má visibilidade causada por nevoeiro, pois um controlador estava preocupado com um potencial conflito com outro avião.
Tal erro fez com que o N975NE ficasse mal posicionado para a aproximação, estando 80 km/h e 60 metros acima do normal. O problema se agravou quando a tripulação recebeu ordens para arremeter com a aeronave, o que fez com que os instrumentos a bordo tivessem indicações anormais. O procedimento de descida continuou, até que ela atingisse um paredão, a 3.000 metros à direita de uma das pistas.
Somente um passageiro sobreviveu ao acidente, mas este veio a óbito pouco mais de quatro meses depois, devido a gravidade dos ferimentos.
O relatório final do caso, divulgado em março de 1974 pelo Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos (Ntsb), apontou como causa provável "a falha da tripulação em monitorar a altitude e reconhecer a passagem da aeronave através da altura de decisão de aproximação durante uma aproximação de precisão não estabilizada conduzida em condições meteorológicas em rápida mudança.”
Segue o trecho do documento: “A natureza desestabilizada da aproximação deveu-se inicialmente à passagem da aeronave pelo marcador externo acima da inclinação do planador a uma velocidade excessiva do ar e, posteriormente, agravada pela preocupação da tripulação com as informações questionáveis apresentadas pelos instrumentos. O mau posicionamento do voo para a aproximação foi, em parte, resultado de serviços de controle de tráfego aéreo fora do padrão”.
Cerca de 160 DC-9 passaram pela Delta em quase 50 anos. O último deles deixou a frota da companhia aérea em janeiro de 2014.