Hidroavião militar desapareceu quando seguia do Pará para o Rio Grande do Norte
Por André Magalhães Publicado em 14/06/2022, às 08h50
Um hidroavião militar da Marinha dos Estados Unidos foi achado no litoral do Rio Grande do Norte, após ficar desaparecido por 80 anos. O avião caiu na região da Praia de Maracajaú, no município de Maxaranguape, no dia 13 de junho de 1942.
A aeronave foi localizada pelo mergulhador profissional Paul Bouffis, que ministrava um curso de mergulho na região.
Após a surpresa de localizar o Catalina, o mergulhador avisou o Centro Cultural Trampolim da Vitória, local onde se reúne fatos históricos sobre a presença norte-americana no Rio Grande do Norte.
Segundo o Centro Cultural, cerca de 10 aviões estão no litoral entre Parnamirim e Maracajaú, mas há dificuldade de se localizar os destroços, pois os que acham acabam não relatando.
"Eu comecei a procurar nas coisas que eu tinha e achei um pedaço daquela sucata que era uma peça muito característica de um avião chamado Catalina", disse Fred Nicolau, curador do centro cultural.
Nesse dia 13 de junho, o Centro Cultural Trampolim, a prefeitura de Maxaranguape e a Marinha do Brasil fizeram uma homenagem aos que padeceram há exatos 80 anos do desaparecimento.
De acordo com o relatório da época, o teto estava baixo pela chuva torrencial daquela noite. O avião seguia de Belém, no Pará, para Parnamirim, no Rio Grande do Norte. A base, atualmente pertencente à FAB, foi construída e utilizada pelos EUA durante a Segunda Guerra Mundial, quando houve o acidente.
A triulação era composta por dez pessoas, sendo que sete morreram e três foram resgatadas por pescadores. Pela legislação norte-americana, quando um acidente militar com vítimas fatais ocorre, os destroços não podem ser tocados.
Também consta no relatório que não se tinha conhecimento exato do local do acidente, um mistério que foi desvendado depois de oito décadas.
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