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Emissões de carbono

Poluição por partículas poderá ser reduzida em até 60%

O grande problema é o aumento constante dos aviões no céu


Quando se trata de reduzir as emissões de carbono, um dos maiores empecilhos é o “vício de voar” do mundo. É óbvio que o problema só deve piorar com a evolução de mais e mais nações em desenvolvimento com uma classe média que almeja expandir suas fronteiras comerciais e de lazer.

No Reino Unido, o ministro para a Mudança de Clima, elegeu o transporte como um dos dois maiores desafios ambientais no mundo, enquanto se investe na pesquisa e na infraestrutura para veículos elétricos para, inclusive, combater a geração do dióxido de carbono.

Já se sabe que combustíveis para jatos “mais verdes” não só cortariam as emissões de carbono, como reduziriam a poluição atmosférica como um todo, melhorando a qualidade do ar.

O Acordo Paris 2015 com relação às mudanças climáticas não incluiu dois setores: o aeronáutico e o marítimo, embora isso seja responsável por 2% das emissões globais de carbono, valor que cresce 3% por ano. As tentativas de “descarbonizar” o setor da aviação têm se revelado complexas.

Um dos grandes problemas é a atribuição das responsabilidades pela emissão de partículas na atmosfera: se, por exemplo, um jato comercial holandês decola da dos Estados Unidos e pousa no Brasil, qual o país responsável pelas emissões?

As boas novas são as reuniões de órgãos de diferentes governos com sob a égide do Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) realizadas desde 2016, estabelecendo finalmente um acordo, embora este ainda seja de caráter voluntário, permitindo às companhias aéreas diminuir suas emissões de carbono. Tudo comparado aos níveis de 2005.

A indústria estabeleceu como meta um crescimento neutro de carbono em 2020 e reduzir as emissões pela metade em 2050, O que só poderá ser honrado por uma combinação de esforços para a redução do peso dos motores e células, pelo emprego de materiais sofisticados, uma mudança nos procedimentos do controle de tráfego aéreo mais leves e a utilização de combustíveis mais “verdes”. 

Por Ernesto Klotzel
Publicado em 19/04/2017, às 10h24 - Atualizado às 11h08


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