Por que o eficiente e controverso modelo de negócios da Ryanair mudou a aviação no mundo
A companhia aérea irlandesa Ryanair é mundialmente famosa por adotar um modelo de negócios pouco ortodoxo na aviação, como a venda de raspadinhas a bordo.
Com um conceito de baixo custo, a empresa aérea criou um segmento de negócios altamente lucrativo, mas controverso em diversos aspectos. Com tarifas muitas vezes extremamente baixas, a companhia criou regras tarifárias que cobram por praticamente a totalidade dos serviços oferecidos. Além disso, criou modelo de negócio secundários tão polêmicos quanto lucrativos.
Atualmente a direção da Ryanair passou a exigir que seus comissários de bordo vendam diariamente no mínimo oito bilhetes de raspadinha, além de um perfume e um menu ou uma refeição fresca. O não cumprimento é classificado como passível de ações disciplinares.
As raspadinhas vendidas pela Ryanair renderam dois milhões de euros ao longo dos últimos cinco anos. No entanto, a empresa afirma que o lucro obtido foi convertido integralmente em favor de 50 instituições em doze países da União Europeia.
Ainda que o mote da venda seja positivo, os bilhetes também enfrentam controvérsia. Com a promessa de sortear até um milhão de euros, a regra para o sorteio não é das mais claras. Caso o passageiro seja premiado na raspadinha ele deverá escolher, a bordo, um cartão entre 125 disponíveis que trará o prêmio real. Apenas um destes cartões traz o valor máximo de um milhão de euros, enquanto outros oferecem 50 mil euros, um carro e outras premiações.
De acordo com a empresa aérea, no ano passado um passageiro obteve o prêmio de 50.000 euros e outro ganhou um carro. Porém, nenhum passageiro faturou até hoje 1 milhão de euros.
Redação
Publicado em 10/08/2017, às 10h01
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