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Dividas e escândalos

MD Helicopters entra com pedido de falência nos EUA

Com dívidas, acusações de fraude e vendas inexpressivas a MD Helicopters espera encontrar um comprador


MD 092 Explorer se destaca por não utilizar rotor de cauda, mas vendas continuam baixas - Divulgação
MD 092 Explorer se destaca por não utilizar rotor de cauda, mas vendas continuam baixas - Divulgação

A MD Helicopters apresentou seu ingresso no Capítulo 11 da lei de falências dos Estados Unidos. O fabricante pretende reorganizar sua estrutura e quitar dividas e acelerar a venda de seus ativos.

Segundo Alan Carr, que está a frente da MD, a empresa negocia um acordo de venda com um consórcio de credores liderado por Bardin Hill e MBIA Insurance, que adquirirá quase todos os ativos da empresa e fornecerá o novo capital.

Desde a saída do CEO Lynn Tilton, em março de 2020, a MD Helicopters busca um comprador. A situação foi agravada pela pandemia e pelos escândalos de fraude relacionada a vendas militares para El Salvador, Arábia Saudita e Costa Rica em contratos firmados entre 2011 e 2012.

O fabricante de helicópteros era desde 2005 uma das empresas controladas pelo Patriarch Partners, que fazia parte falido fundo Zohar presidido por Tilton. O grupo controlava mais de 70 companhias, em 14 áreas de negócios. Com dívidas bilionárias Tilton decretou a falência do fundo Zohar e suas controladas entraram em dificuldades.

Embora tenha entrado no Capítulo 11, a MD Helicopters afirma que o objetivo é criar condições para reorganização e venda da empresa, que possui liquidez manter seus principais compromissos. “A MD espera que as operações continuem normalmente durante o processo de venda. Temos ampla liquidez para cumprir nossas obrigações comerciais, incluindo um compromisso de novos financiamentos adicionais em relação a esse processo, e continuamos focados em atender clientes civis e militares e trabalhar com fornecedores normalmente”, afirmou a empresa.

Entretanto, a falência pode ser uma forma de evitar um processo por conta das denuncias de fraude nas vendas militares, que podem gerar multas milionárias, podendo ultrapassar os US$ 50 milhões.

Em nota a empresa afirmou que a reestruturação legal permitirá a rápida venda de seus ativos, supervisionada pelo Tribunal.

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Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 01/04/2022, às 12h56


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