Tribunal do Distrito de Columbia, nos EUA, apreendeu avião de carga retido na Argentina em junho
O Tribunal do Distrito de Columbia, nos Estados Unidos, determinou a apreensão do Boeing 747-300M cargueiro com matrícula da Venezuela (YV2523) e com tripulação iraniana, que está retido desde junho no aeroporto internacional de Buenos Aires.
A decisão foi baseada em uma investigação do FBI e do Departamento de Comércio norte-americano, da transferência ilegal do avião de uma empresa iraniana que está sob sanção, sem autorização da Casa Branca. A Mahan Air, por reiteradas vezes, tentou transferir seis aeronaves para a sua frota sem esse aval.
A investigação também mostrou que a empresa transferiu o YV2523 para a Emtrasur, da Venezuela, utilizando-se de um intermediário nos Emirados Árabes, em uma negociação que movimentou € 8 milhões (R$ 42,6 milhões).
Além disso, um dos pilotos, o comandante Gholamreza Ghasemi, é procurado pela justiça dos Estados Unidos, acusado de fornecer armamentos para grupos terroristas, especialmente aos vinculados à Guarda Revolucionária Islâmica do Irã.
O bloqueio do Boeing 747 cargueiro provocou reações em Caracas. Em agosto, o governo de Nicolás Maduro fez um apelo pela sua liberação. “Nossa Venezuela levanta seu protesto e pede todo o apoio do povo argentino para recuperar aquele avião que pertence a uma empresa venezuelana e finge ser roubado depois de tê-lo sequestrado por dois meses”.
#DevuelvanElAvión✈️ || Venezuela pide al Gobierno argentino la devolución del avión de #EMTRASUR el cual tiene secuestrado sin razón alguna.
— Aeropuerto Internacional de Maiquetía (@IAIM_VE) August 8, 2022
¡Venezuela Se Respeta👊! pic.twitter.com/rq8MOojoOb
No mês seguinte, autoridades da Argentina libertaram 12 dos 19 tripulantes, sendo onze venezuelanos e um iraniano. O piloto continua preso no país.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 26/10/2022, às 08h18
+lidas