Felix Baumgartner, austríaco que quebrou a barreira do som em salto estratosférico, morre aos 56 anos em acidente de parapente na Itália
O austríaco Felix Baumgartner, famoso por quebrar a barreira do som em queda livre em 2012, morreu aos 56 anos após um acidente de parapente na costa leste da Itália.
O esportista de saltos extremos colidiu ontem (17), com o lado de uma piscina em Porto Sant’Elpidio, segundo relataram bombeiros italianos. O prefeito da cidade, Massimiliano Ciarpella, confirmou a morte em uma rede social e descreveu Baumgartner como “um símbolo global de coragem e paixão pelo voo extremo”.
Conhecido como “Fearless Felix” (Felix Destemido, em tradução literal), ganhou notoriedade mundial ao saltar de uma cápsula a 39 quilômetros de altitude sobre o Novo México, usando um traje pressurizado e atingindo a velocidade máxima de 1.357 km/h (1,25 vezes a velocidade do som). Milhões assistiram ao feito ao vivo no YouTube, que se tornou um marco na história dos esportes radicais e da ciência aeroespacial.
O salto estratosférico, parte do projeto Red Bull Stratos, não só quebrou o recorde de velocidade em queda livre, como também atingiu a maior altitude já registrada por um paraquedista. O recorde foi parcialmente superado em 2014 pelo executivo do Google Alan Eustace, que saltou de 41.419 metros, mas atingiu "apenas" 1.323 km/h.
Ao longo de sua carreira, Baumgartner realizou milhares de saltos de aviões, pontes, arranha-céus e até monumentos como o Cristo Redentor no Rio de Janeiro. Em 2003, cruzou o Canal da Mancha com uma asa de fibra de carbono.
Baumgartner também era piloto de acrobacias aéreas e integrava a equipe The Flying Bulls em apresentações pela Europa. Apesar do espírito audacioso, era reconhecido pela precisão técnica e pela preocupação com a segurança. Usualmente dizia que, durante o salto, “a única coisa que se quer é voltar vivo”. Em nota oficial, a Red Bull afirmou que nenhum detalhe era pequeno demais, nenhum risco grande demais, desde que Baumgartner pudesse calculá-lo.
Obrigado por ser exatamente quem você era.
Claro, exigente e crítico. Com os outros, mas principalmente consigo mesmo.
Você era inabalável quando decidia algo. Debater com você só era uma boa ideia se alguém viesse preparado com argumentos sólidos. Você nunca escolheu o caminho fácil, e isso o fez se destacar.
Você sempre buscou os maiores desafios e os dominou com pensamento afiado, precisão incansável e uma boa dose de coragem. Mergulhava profundamente em cada projeto. Nenhum detalhe era pequeno demais, nenhum risco grande demais – desde que pudesse calculá-lo.
Infelizmente, muitos nunca tiveram a chance de ver o quanto você era gentil e generoso. Quão caloroso, sensível e solidário. Você disse uma vez: “Se eu estou bem, os outros também devem estar”, e foi exatamente assim que você viveu. Você ajudou sem buscar elogios e ajudou muitos.
Crescemos com você e você conosco. Não trocaríamos um único dia que passamos juntos. Você permanecerá conosco como colega, companheiro leal, mas, acima de tudo, como amigo.
Obrigado, Feliz. Por tudo.
Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 18/07/2025, às 14h59
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