Canadense vem tentando esquecer problemas ocorridos nos últimos anos
Ernesto Klotzel Publicado em 15/11/2016, às 14h14 - Atualizado em 16/11/2016, às 11h46
Ao realizar o primeiro voo do Global 7000 no último dia 4 de novembro, a Bombardier pôde celebrar sete meses de conquistas que colocaram a fabricante na longa trajetória de recuperação, embora os atrasos anteriores ainda representem uma visão nebulosa do mercado para seu jato de negócios de maior alcance.
O voo de 2h27 marca o início de uma campanha de testes, com duração aproximada de dois anos. A nova aeronave, com suas 7.300 nm (13.500 km) de alcance à velocidade de Mach 0,85 pode desafiar o domínio de quatro anos da Gulfstream no segmento de longo alcance e cabine larga, entre as 7.000 nm (13.000 km) do G650 e as 7.500 nm (13.900 km) do G650ER.
Para a Bombadier, o novo jato representa uma volta à normalidade, perdida durante o período turbulento dompreendido entre os anos de 2013 e 2015, marcados pelos atrasos nos programas do CSeries e do Global 7000, pelo cancelamento do Learjet 85 e pela mudança de comando da companhia, em nome da reestruturação, que culminou em uma joint venture com o governo de Quebec.
Entre os marcos favoráveis está a encomenda de aeronaves CSeries pela Delta Air Lines, em abril; seguida pela integração do CS100 na Swiss; e a certificação do CS300 que deve ser entregue ao cliente-lançador Air Baltic ainda no final deste ano.