Uma cidade totalmente nova... em Marte

Um ambicioso plano dos Emirados Árabes Unidos

Ernesto Klotzel Publicado em 17/02/2017, às 17h57 - Atualizado às 18h33

O projeto, que seria conhecido por Mars 2117, envolveria a criação de uma minicidade em Marte, e incluiria cooperação internacional. Não falta dinheiro aos Emirados Árabes Unidos (UAE) graças às receitas geradas pela abundante presença de óleo e gás no seu subsolo, além de Dubai, com seu luxo, imponentes edificações e polo de negócios, turismo e lazer. Não bastasse a euforia urbanística, os UAE já anunciavam a construção da “Cidade da Felicidade”.

Tudo isso pode ser eclipsado pela mais nova iniciativa, anunciada recentemente durante a Cúpula do Governo Mundial, realizada em Dubai: a UAE planeja erguer a primeira cidade no planeta Marte em 2117. O conceito, agora apresentado por engenheiros por ocasião do evento, aponta para uma cidade do tamanho de Chicago.

O Sheikh Mohammed Bin Rashid Al Maktoum, todo-poderoso de Dubai e vice-presidente dos UAE, mostrou-se confiante com relação ao projeto: “A ambição humana não conhece limites e qualquer um que olha para os avanços científicos no atual século, acredita que as habilidades humanas podem concretizar o mais importante sonho do ser humano” afirmou.

 A despeito da grandiosa natureza da ideia, o plano de 100 anos faz ênfase nas etapas mais importantes “O Projeto Mars 2117 é de longo prazo e o primeiro passo é criar um apelo às viagens espaciais entre os jovens do Emirados, com atenção especial às ciências do espaço, oferecidas por universidades dos UAE. O Projeto criaria ainda uma equipe científica dos Emirados que incluiria cientistas internacionais 

Não seria a primeira experiência dos estados do Golfo em viagens espaciais. Os UAE lançaram sua agência espacial em 2014 em parceria com agências similares da França e da Inglaterra. Entre os próximos planos está o lançamento de uma sonda não-tripulada para Marte em 2021.

Para os UAE, incluir o espaço em seus planos de longo prazo significa tentar se livrar da dependência quase total das indústrias de óleo, gás e atividades correlatas. Enquanto isso, para a sorte de todos, ainda existirá dinheiro mais do que suficiente para investimentos em Marte.

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