O desempenho do transporte de cargas continuará a ser afetado por estes fatores por mais tempo
Marcel Cardoso Publicado em 04/05/2022, às 08h05
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) divulgou os resultados dos mercados globais de transporte aéreo de carga referentes ao mês de março, reportando desempenhos negativos, de uma maneira geral.
A demanda global teve queda de 5,2% em comparação com março de 2021, enquanto a capacidade também caiu, porém, de forma mais expressiva, de 11,2%, em comparação a fevereiro deste ano. A entidade aponta os efeitos da variante ômicron na Ásia, o conflito Rússia-Ucrânia e um cenário operacional com desafios como os responsáveis por este declínio.
Apesar das turbulências, as transportadoras da América Latina tiveram o melhor resultado de todas as regiões analisadas no período, com aumento de 22,1% nos volumes de carga aérea em março em relação ao mesmo mês de 2021. A capacidade aumentou 34,9% em relação a março de 2021. A Iata aponta que algumas das maiores companhias aéreas da região estão se beneficiando do fim dos processos de recuperação judicial.
“Em março, o ambiente comercial piorou. A combinação da guerra na Ucrânia e a disseminação da variante ômicron na Ásia elevaram os custos de energia, agravaram as interrupções na cadeia de suprimentos e aumentaram a pressão da inflação. (...) A paz na Ucrânia e mudanças na política de covid-19 na China aliviariam muito a situação desfavorável do setor. Como nenhuma delas parece provável no curto prazo, podemos esperar mais desafios para a carga aérea, enquanto os mercados de passageiros aceleram a sua recuperação”, segundo o diretor geral da Iata, Willie Walsh.