A aeronave integrou a Esquadrilha da Fumaça e foi responsável pela formação de todos os aviadores que passaram pela Academia da Força Aérea
Redação Publicado em 08/10/2013, às 14h40 - Atualizado em 11/11/2014, às 11h34
O T-27 Tucano completou, no último dia 29 de setembro, três décadas de serviço na Força Aérea Brasileira (FAB). Desde que entrou em serviço, o Tucano foi responsável pela formação de todos os aviadores que passaram pela Academia da Força Aérea (AFA). Do mesmo modo, o avião foi utilizado pela Esquadrilha da Fumaça (Esquadrão de Demonstração Aérea) durante todo esse período. A aeronave fez seu voo de despedida da Esquadrilha da Fumaça em março desse ano, sendo substituída pelo A-29 Super Tucano.
Voo de despedida do T-27 Tucano:
Desenvolvido pela Embraer em conjunto com a FAB, o T-27 Tucano possui projeto nacional e surgiu da necessidade da FAB de substituir o veterano T-37, que seria descontinuado pela Cessna. Nascia assim uma máquina com desempenho notório, reconhecido internacionalmente. As inúmeras características do T-27 fizeram com que o avião fosse exportado para países como Argentina, Colômbia, Venezuela, Peru, Paraguai, Honduras e Irã. No Reino Unido, foi escolhido para se tornar aeronave de treinamento básico, licenciado e produzido localmente. O protótipo do treinador voou pela primeira vez em 19 de agosto de 1980, com um desenho avançado para a época. Suas características acabaram tornando-se padrão para outras aeronaves de treinamento, com trens de pouso retráteis, assentos em tandem (um a frente do outro, sendo o de trás mais alto), pontos para utilização de armamento e, inclusive, sendo a primeira aeronave do gênero com assentos ejetáveis. Possui quatro horas e meia de autonomia, somente com o tanque interno, aliando a grande robustez, comandos precisos, boa margem de manobra mesmo à baixa altitude, confiabilidade, visibilidade e capacidade de voo em diferentes condições climáticas.
Pensando no futuro, a FAB passou a modernizar a aviônica do Tucano, permitindo a atualização da aeronave, tendo ainda mais de uma década de vida útil na instrução de novos pilotos. O mesmo processo está em curso na Colômbia, onde a Força Aérea Colombiana (FAC) deverá receber nos próximos dias seus primeiro Tucano modernizado. Um total de 14 aeronaves da FAC serão modernizados até 2015. O projeto colombiano é mais audacioso que o brasileiro, tendo em vista o tipo de operação, o programa incluiu novas asas, aviônicos e displays multifunção. A previsão é que com isso o modelo possa voar até meados de 2030. Na FAC o Tucano é utilizado como um caça leve para apoio aéreo aproximado, sendo empregado especialmente em missões contra as Farc.
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