Objetivo é evitar que pilotos conduzam acidentalmente a aeronave contra o solo em um voo normal
Por Ernesto Klotzel Publicado em 08/02/2018, às 15h00 - Atualizado às 15h13
Mesmo pilotos experientes estão sujeitos a riscos quando sujeitos ao fenômeno conhecido como CFIT (Controlled Flight Into Terrain), que é quando o avião voa de forma controlada contra o terreno. Em geral o problema ocorre por desorientação espacial do piloto, que perde condições de conscientemente saber a posição e situação do voo, enquanto a aeronave colide contra o solo com todos os seus equipamentos de voo funcionando normalmente.
A conclusão mais recente dos militares norte-americanos é que no caso da aviação de combate, quando um piloto executa multimissões a velocidades de até 1000 km/h é fácil ficar desorientado. Para evitar problemas de CFIT, especialmente em aeronaves de combate de última geração, que custam milhões de dólares e carregam segredos industriais importantes, o F-35 Lightning II deve incorporar uma nova tecnologia automatizada que promete evitar os casos de CFIT. O sistema designado como Auto-GCAS será baseado em um software automático de anticolisão, que inicia uma manobra de auto recuperação quando o impacto com o solo se torna iminente. Os computadores empregam uma complexa analise de dados de posição e altitude do sistema GPS para prever colisões futuras.
Quando uma colisão é iminente, o sistema avisa o piloto para iniciar, imediatamente, a manobra de recuperação. Caso não haja reação do piloto, o Auto-GCAS assume o comando, corrigindo a atitude da aeronave.
O Auto-GCAS tem sido utilizado em algumas versões do F-16 Fighting Falcon da Força Aérea dos USA, desde 2014, foi responsável por salvar sete pilotos em seis aeronaves diferentes.
A adoção do sistema pelos F-35 dos Marines vem às vésperas de sua incorporação à frota embarcada no Pacífico ao longo do ano.