País é considerado um dos mais perigosos do mundo para se voar, atrás até da Coréia do Norte
Por Ernesto Klotzel Publicado em 25/09/2018, às 15h00 - Atualizado às 16h24
A Índia foi rebaixada pelas autoridades internacionais de aviação, sendo inclusa na lista de locais menos seguros do mundo para voar. O país, embora possua um dos maiores mercados de aviação do mundo, possui índices de segurança inferiores à de países como Bangladesh, Maldivas, Paquistão, Nepal, Sri Lanka e até mesmo Coréia do Norte.
Recentemente, o FAA (Federal Aviation Administration), a agencia norte-americana para aviação civil, também rebaixou o país em seu índice de segurança. A Índia só perde para o Timor Leste, Samoa e Vanuatu, em termos precariedade da segurança do transporte aéreo.
O ranking em questão é o resultado de uma auditoria conduzida pela Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO) vinculado as Nações Unidas, que revelou a queda dos padrões de segurança da Índia de 66% para 57%. O país é um dos 15 que registrou marcas abaixo do limite mínimo.
Segundo o relatório, um dos motivos para o desempenho insatisfatório em segurança de voo da Índia, é a negligência do órgão regulador indiano, o DGCA. A ICAO chamou a atenção para o licenciamento dos controladores de tráfego aéreo, conduzido pela Airports Authority of India (AAI), uma das principais fontes de preocupação. De acordo com o relatório os controladores apresentam proficiência abaixo dos mínimos recomendados internacionalmente.
Com o rebaixamento também por parte do FAA as empresas aéreas indianas estão impedidas de operar novas linhas para os Estados Unidos ou formar alianças com empresas norte-americanas. As companhias indianas também passarão por inspeções mais rígidas quando pousarem no país. Em 2014, a Índia já havia sofrido um rebaixamento, retirado no ano seguinte.
As autoridades internacionais estão ampliando o nível de exigências em segurança do transporte aéreo no momento que a aviação regular apresenta recordes de crescimento. O objetivo é manter o setor como um dos mais seguros do mundo, mesmo diante de uma possível duplicação no número de voos nos próximos 20 anos.