Sukhoi Su-57 passa a ser produzido em série e primeira aeronave será entregue até o final do ano
Por Santiago Oliver | Imagens: Divulgação Publicado em 05/08/2019, às 17h00 - Atualizado às 19h02
Com um atraso de 10 anos em relação ao cronograma inicial, a Rússia inicou a produção em série do caça Su-57, também conhecido como Pak-FA.
O primeiro caça de quinta geração russo iniciou seu desenvolvimento no começo dos anos 2000, mas enfrentou uma série de contratempos ao longo dos anos, incluindo um baixo orçamento militar na virada do milênio. O contrato inicial, formalizado com a OAK (UAC, na sigla em inglês), prevê a produção de 76 aviões, com o primeiro sendo entregue antes do final de 2019.
O sucesso da família Su-27 na linha de frente da força aérea russa foi oficialmente apresentado em 2010, com sua primeira aparição pública ocorrendo no Moscou Air Show de 2011. O modelo se destaca por ser o primeiro caça de quinta geração projetado fora dos Estados Unidos, mas acabou não contando com uma série de recursos comuns a nova geração de caças furtivos. Uma de suas restrições são seus motores, que são derivados dos utilizados na família Su-27, contando com elevada assinatura térmica.
Atualmente existem nove protótipos Su-57 voando, todos equipados os motores AL-41FM1, que geram 142,5 kN (32.000 lbf) de empuxo unitário.
No entanto, os Su-57 de série deverão estar equipados com motores mais potentes, capazes de permitir voos de supercruzeiro, ou seja, voar acima de Mach 1 sem o uso de pós-queimadores.
Segundo a agencia russa TASS, os aviões de série deverão custar 20% menos que o valor inicial ofertado a força aérea. Tendo sido inclusive a redução no valor um dos motivos que levou a ampliação do contrato final, que chegou a marca de 76 aeronaves.
A força aérea da Rússia espera ampliar no futuro o pedido, mas trabalha no recebimento dos primeiros aviões de série e sua aplicação operacional. Em 2018, antes mesmo do projeto ser finalizado, o Su-57 foi enviado para a Síria, onde testou suas capacidades de combate em um ambiente de guerra real.
Na década passa a Rússia ofereceu o então Pak-FA ao Brasil, como parceiro no programa de desenvolvimento. O objetivo era obter um primeiro cliente internacional, que daria maior fluxo de caixa ao projeto, assim como dispor de um parceiro de risco para o desenvolvimento do caça. Na ocasião o Brasil demonstrou interesse pelo programa Rafale, que acabou perdendo a concorrência do F-X2 para o sueco Gripen NG. O Su-57 também chegou a ser negociado com a Índia, mas o contrato final ainda não foi formalizado.