Su-34 bombardeia centro de comando e campo de treinamento do autoproclamado califado
Redação Publicado em 02/10/2015, às 17h00 - Atualizado às 17h08
Após os primeiros dias da ofensiva contra o Estado Islâmico, a Força Aérea da Rússia (Военно-воздушные cилыРоссии) afirmou que obteve êxito no ataque ao centro de comando e campo de treinamento do autoproclamado califado, na Síria.
“Em 1 de outubro, os Su-34 realizaram ataques contra um campo de treinamento do Estado Islâmico próximo ao povoado de Mahdan-Jadid e também contra um centro de controle perto de Qasert-Faraj, ao sudoeste de Raqqa”, disse o major general Igor Konashenkov, porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia.
De acordo com os militares russos, o centro de comando estava numa área protegida e sofreu avarias severas, enquanto o campo de treinamento foi completamente destruído.
A Rússia iniciou ataques ao califado no último dia 30 de setembro, após o Conselho da Federaão (câmara alta do parlamento) aprovar o envio de uma força militar a Síria. A decisão foi apresentada pelo Presidente da Rússia, Vladmir Putin, após receber um pedido oficial de Damasco. O presidente sírio Bashar al-Assad vem sofrendo forte pressão após a Primavera Árabe e perdeu o controle de parte do país. A força de coalisão liderada pelos EUA é contra o regime de al-Assad, que assumiu a Síria em 2000, após a morte do pai, que governou com punho de aço por mais de 30 anos.
O envio de tropas a Síria em apoio ao regime al-Assad foi duramente criticada pelo Ocidente, tornando mais delicada a relação entre a Europa, EUA e a Rússia. Após o anuncio dos ataques, os sete integrantes da aliança contra o grupo terrorista (Alemanha, Arábia Saudita, Catar, Estados Unidos, França, Reino Unido e Turquia) fizeram um pedido à Rússia para não atacar os grupos opositores na Síria e concentrar suas ações militares contra os jihadistas.
“Expressamos nossa profunda preocupação com os ataques da força aérea russa sobre Hama, Homs e Idlib, que causaram baixas civis e que não tinham como alvo Estado IslÂmico”, afirma um comunicado emitido pelo Ministério das Relações Exteriores da Turquia em nome da coalização.
Ativistas e opositores sírios denunciaram que várias bases de grupos rebeldes, como o Exército Livre Sírio (ELS) e o Exército do Fatah foram bombardeados pelas forças russas em Idlib e Hama. Moscou, no entanto, não comentou sobre as ações nas duas cidades.