Rotor carenado completa 50 anos

Sistema Fenestron melhorou eficiência aerodinâmica, reduziu ruído e riscos de acidentes

Por Ernesto Klotzel Publicado em 13/04/2018, às 16h00 - Atualizado às 16h25

A Airbus Helicopters está comemorando os 50 anos de existência do emblemático Fenestron, o rotor de cauda carenado utilizado por parte das aeronaves do fabricante europeu.

 

O H135 utiliza a última geração do Fenestron, o Gazelle III [abaixo] o primeiro modelo a receber um rotor carenado.

Desenvolvido pela então Sud Aviation, a solução fenestron substituiu o tradicional rotor de cauda, aberto e composto por duas, três ou quatro pás, por um rotor fechado que dá uma nova estética à empenagem. Porém, a grande solução foi criar um sistema composto por várias pás que além de reduzir o ruído, aumentava a performance.

 

Por estar fechado, aumentou consideravelmente a segurança. O projeto era inspirado nos turbo fan, o que ofereceu um novo nível de confiança. A ideai inicial da carenagem que envolve o rotor de cauda era a de proteção das pessoas em terra e do próprio rotor – em voo horizontal para frente – em determinados cenários operacionais como linhas de transmissão.

O primeiro Fenestron voou pela primeira vez no protótipo #2 do Gazelle, da Sud Aviation. Nos anos seguintes, a configuração tornou-se padrão em diversos helicópteros dos fabricantes que surgiram da Sud, incluindo a Aerospatiale, Eurocopter e agora a Airbus Helicopters.

Chamada originalmente Fenestrom (pequena janela), o novo arranjo foi certificado primeiro no Gazelle, em 1972 e depois integrado ao primeiro protótipo do Dauphin. Uma segunda geração, em materiais compostos, com um diâmetro 20% maior foi lançado no final dos anos 1970. A terceira geração, instalada no H135, atenuou ainda mais o nível de ruído, com um rotor de pás assimétricas.

Atualmente diversos projetos, inclusive na modernização do H145, passaram a utilizar o conceito Fenestron.

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