Lançamento dos CMC incentiva a pesquisa em demais fabricantes de motores
Ernesto Klotzel Publicado em 15/11/2016, às 14h21 - Atualizado em 16/11/2016, às 11h54
A britânica Rolls-Royce vêm investindo em compósitos cerâmicos e, por consequência, influenciado outros fabricantes de motores a incrementar suas pesquisas sobre o novo material, aplicado pioneiramente nos motores LEAP da CFM.
Espera-se que a GE, baseada no desenvolvimento dos motores LEAP, incorpore os CMC em novos motores para widebody como o GE9X, depois da Rolls-Royce investir US$ 30 milhões em sua unidade de pesquisas em Cypress, na Califórnia. A fabricante britânica se instalou no local desde que adquiriu a Hyper-Therm High Temperature Composites, em 2013, e pretende transformá-la em uma instalação de mais de 6.200 m² voltada aos materiais e processos CMC para componentes de motores da próxima geração.
Boa parte das pesquisas será provavelmente concentrada na maior utilização deste compósitos em seus motores, alvo de milhares de testes realizados com o material - leve, mas ultra resistente. Partes rotativas em CMC já foram testadas em terra, em motores militares. A economia de combustível é resultante do baixo peso deles, que ainda necessitam de um grau menor de resfriamento do que os componentes que têm como base o níquel.
Uma das preocupações da indústria é que nem a GE e nem a R-R estão dedicando muito tempo às pesquisas relativas às técnicas de inspeção e reparo de componentes em CMC, dando prioridade simplesmente aos processos de produção. A estratégia é compreensível para o estágio atual, embora seja uma questão de tempo até que a situação se modifique diante do mercado pós-venda.