Por Santiago Oliver Publicado em 07/11/2014, às 00h00
Projetado e construído na Argentina logo após o final da Segunda Guerra, o I.Ae. 27 Pulqui (flecha em mapuche) foi o primeiro jato a ser fabricado na América Latina, e o nono no mundo. O projeto nasceu em 1946 por iniciativa do governo de Perón, e a responsabilidade de produzi-lo foi do Instituto Aerotécnico de Córdoba (hoje Fábrica Militar de Aviones). Pouco tempo depois de iniciado o projeto, o Ministério da Aeronáutica, soube da presença no país do engenheiro e projetista francês Emile Dewoitine (colaboracionista durante a ocupação alemã da França, durante a Segunda Guerra Mundial) e o contratou para a equipe do Instituto na Divisão de Projetos Especiales N°1. Ainda em 1946, teve início a fabricação do protótipo, que ficou pronto e decolou pela primeira vez no ano seguinte. Os primeiros voos mostraram que o avião tinha pouca potência e baixo desempenho. Sua envergadura foi reduzida em 75 cm, na tentativa de aumentar a velocidade máxima, que era de 720 km/h em vez dos 850 km/h esperados. A apresentação oficial da aeronave foi realizada em 8 de outubro de 1948, junto com a do I.Ae. 30 Ñancú e a do avião presidencial Vickers Viking. O programa se estendeu até 1948, quando foi superado pelo mais avançado I.Ae. 33 Pulqui II, e o Pulqui passou a se chamar Pulqui I. Embora o programa tenha sido desativado, o Pulqui I continuou voando até março de 1956, quando foi retirado do serviço. Hoje, o Pulqui está exposto no Museo Nacional de Aeronáutica, em Morón, Província de Buenos Aires, na Argemtina.