Prestes a voar para o Brasil, Viva Air é vendida para a Avianca

Viva Air passará a integrar a Avianca Holdings, mas continuando a voar com a sua marca

Marcel Cardoso Publicado em 29/04/2022, às 06h10

Sócio-fundador da Viva passará a integrar o conselho de administração da Avianca - Airbus/Divulgação

A Avianca Holdings anunciou, na madrugada desta sexta-feira (29), a aquisição da low-cost Viva Air na Colômbia e no Peru, passando, depois da aprovação dos reguladores locais, a assumir o controle operacional e financeiro da companhia aérea.

O grupo também anunciou que o sócio-fundador da Viva, Declan Ryan, passará a integrar o conselho de administração do novo grupo gerado pela negociação. Tanto esta, quanto a Avianca, continuarão operando com suas respectivas marcas, separadamente.

"Esse forte novo grupo aéreo beneficiaria os clientes por ter uma estrutura de custos mais eficiente que permitiria a oferta de preços ainda mais baixos, bem como uma rede de rotas que promoveria conectividade direta entre destinos, um forte programa de fidelidade e um serviço amigável e eficiente, de acordo com as necessidades do viajante atual", segundo o principal acionista e presidente do Conselho de Administração da Avianca, Roberto Kriete.

O grupo pontuou que a decisão foi tomada após a maior crise da história do setor aéreo, gerada pela pandemia de covid-19, que forçou as companhias aéreas a se adaptarem a novas formas de voar e fortalecer suas operações para enfrentar desafios futuros. 

A Viva Air foi fundada em setembro de 2009 e possui atualmente cerca de vinte Airbus A320 em sua frota. Sete anos depois, a filial peruana foi aberta, hoje com duas aeronaves do mesmo modelo. O fabricante europeu também é predominante na Avianca que, apenas na Colômbia, possui mais de 80 aviões à disposição.

"Este é um dia importante para a Viva, pois é o cenário perfeito para continuar nossa estratégia de crescimento e expansão, mantendo a bandeira da inclusão aérea e fortalecendo nossa empresa. Além disso, se no futuro as autoridades aprovarem a gestão de ambos os grupos na mesma holding, incentivará o mercado de transporte aéreo a continuar crescendo, promovendo baixas taxas para os usuários e um bom serviço com a melhor pontualidade, dando a todos a oportunidade de voar para muitos destinos ao redor do mundo", de acordo com o sócio-fundador, Declan Ryan.

A low-cost vai começar a operar no Brasil a partir de 22 de junho, oferecendo três voos semanais entre Medellín (MDE) e São Paulo (GRU). Esta semana, ela solicitou novos voos de MDE para Belo Horizonte (CNF) e de Cali (CLO) para o Rio de Janeiro (GIG), além de uma nova rota ligando Cartagena (CTG) e GRU.

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