Sindicato da Jet Airways manda pilotos não voar com colegas não indianos
Por Ernesto Klotzel Publicado em 18/04/2017, às 11h50
O sindicato que representa os pilotos da Jet Airways ordenou aos pilotos se recusassem a voar com pilotos não indianos e exigiu que a empresa dispensasse todos os tripulantes “de fora”. A Jet Airways emprega cerca de 100 comandantes não indianos que, presumivelmente, também são filiados ao sindicato.
O sindicato argumenta que existem muitos pilotos indianos à procura de trabalho e, enquanto pilotos estrangeiros são úteis quando da introdução de aeronaves novas na frota, eles devem ser dispensados à medida que se qualificam os pilotos nativos. E lá se vão 15 anos desde que a Jet introduziu um novo modelo de jato.
”Julgamos que a direção teve tempo de sobra para substituir os estrangeiros por pilotos nascidos na Índia e exigimos que sejam imediatamente dispensados” disse o sindicato. A diretriz passa a valer em 1º de maio e todos os programas de treinamento de não indianos deve cessar em 16 de abril. A Jet Airways recusou todas as exigências.
Em um anúncio, a Jet Airways declarou honrar a política de oportunidades iguais para todos, independentemente de raça, gênero, casta, crença ou religião. Ela se compromete a oferecer as mesmas oportunidades para todos os pilotos e segue um planejamento estruturado de recrutamento baseado em previsões de negócios.
O sindicato citou um confronto entre um piloto não indiano e um passageiro cadeirante, cuja cadeira fora incorretamente despachada como bagagem. O passageiro disse que o comandante foi agressivo e abusivo, porque a recuperação da cadeira atrasou a decolagem da aeronave, mas não foi especificada a nacionalidade do comandante. “A segurança dos nossos passageiros e pilotos é de fundamental importância e esse tipo de fato não pode ser tolerado”, argumentou o sindicato.