A batalha do Tuskegee, que enfrentou os nazistas no céu e o racismo em terra, é inspiração para este feriado de reflexões sobre questões raciais
André Vargas Publicado em 19/11/2015, às 16h57 - Atualizado às 17h32
Uma produção de George Lucas, o filme de ação Red Tails mostra a participação do único grupo de caça americano formado por pilotos negros. É uma saga heroica, com muita ação e algum romance, além de uma perdoável dose de exageros, principalmente aos olhos de quem gosta de história da aviação. Não que a película conte inverdades; todavia, a trajetória dos Pilotos de Tuskegee é tão interessante que os exageros acabam por obscurecer seus feitos reais.
Quando os Estados Unidos entraram em guerra contra o Eixo, no final de 1941, suas forças armadas eram racialmente segregadas. Ou seja, brancos e negros não lutavam nas mesmas unidades. Mesmo assim, meses antes, o Congresso determinou que o Departamento de Guerra criasse uma unidade com pilotos negros no novo Corpo Aéreo do Exército dos EUA (USAAF). O próprio comandante da Força Aérea, general Henry "Hap" Arnold, era contra. Ele alegava: "Pilotos negros não podem ser utilizados nas atuais unidades do Corpo Aéreo, já que isso resultará em oficiais negros mandando em alistados brancos, criando um insolúvel problema social".
O Departamento de Guerra criou tantas exigências (nível superior e alguma experiência de voo) que acabou por atrair jovens negros altamente qualificados. Antes, na Primeira Guerra, Eugene Bullard havia servido na Esquadrilha Lafayette, formada por americanos que lutaram ao lado dos franceses. Experiente, a cor da pele de Bullard impediu que ele pilotasse pelos EUA quando o país entrou na guerra. Ele acabou na infantaria. O apelido Pilotos de Tuskegee (Tuskegee Airmen) surgiu em decorrência da localidade onde treinaram, no Alabama, como integrantes do 99º Esquadrão de Perseguição (depois, Esquadrão de Caça). O efetivo era de 47 oficiais e 429 recrutas. Assim como outros aeronautas em treinamento, eles foram submetidos aos primeiros testes padronizados de QI para a determinação das capacidades de inteligência e liderança, a fim de definir quem seria bombardeador, navegador ou piloto. Parte dos cadetes foi eliminada, mas, mesmo assim, o esquadrão continuou em formação. Após o treinamento básico em Moton Field, também no Alabama, a unidade foi para Tuskegee. Os pilotos ficaram sob as ordens daquele que seria seu maior nome, o capitão Benjamin O. Davis Jr., um dos poucos negros a cursar a academia de oficiais de West Point e um dos únicos dois oficiais veteranos na unidade. O pai de Davis foi o primeiro negro a atingir o posto de general no exército americano.
Nessa fase, o 99º Esquadrão foi pressionado. Um major de origem porto- -riquenha, James Ellison, alegou que os integrantes da Polícia do Exército tinham autoridade policial sobre a população branca. Acabou transferido. Havia segregação dentro da base. Durante a projeção de um filme, um piloto foi obrigado a trocar de lugar. Havia sentado no lado dos brancos. Tais medidas eram de autoria do general Frank O'Driscoll Hunter, um declarado racista da Georgia.
Já o comandante do aeroporto de Tuskegee, coronel Frederick Kimble, era especialmente agressivo e desrespeitoso. Kimble acabou substituído pelo major Noel Parrish, que tentou colocar a unidade em ação, sem sucesso. Um comitê foi formado para determinar se o esquadrão, considerado "experimental", deveria ser enviado para o front. A comissão dizia que os pilotos negros eram incompetentes, baseado no argumento de que os pilotos não haviam visto nenhum combate durante a formação. Um estudo foi encomendado à Universidade do Texas para provar que os negros possuíam baixa inteligência e não eram capazes de lidar "com problemas complexos", como o voo, principalmente em combate. O relatório era tão claramente racista, mesmo aos olhos de então, que acabou rejeitado. Mais dois esquadrões foram agregados para formar o 332º Grupo de Caça, totalmente composto por pilotos negros.
VOO SOLO
Em 2 de setembro, o capitão Davis Jr. se tornou o primeiro negro a solar no exército dos EUA. Davis e mais quatro colegas, entre um grupo de 13, ganharam suas asas em março de 1942, já com a guerra em andamento. A aeronave usada era o biplano Sterman. A seguir vieram o Vultee e o AT-6. Os pilotos só saíram de Tuskegee para os treinos de tiro na Flórida, com os AT-6. A fase seguinte ocorreu na base, já com o Curtiss P-40 Warhawks. Para os treinos acrobáticos e de formação, os pilotos foram para Selfridge Field, em Michigan.
Medalhas de Ouro do Congresso em homenagem aos Pilotos de Tuskegee foram entregues pelo presidente George W. Bush, em 29 de março de 2007, a 300 veteranos da unidade e a algumas de suas viúvas |
Transferidos para o front em 2 de abril de 1943, como parte da Operação Torch, os Tuskegee Airmen do 99º Esquadrão de Caça foram instalados em Fes, no Marrocos. Porém, viram pouco combate. A segregação era predominante e havia pouca troca de informações com os pilotos veteranos. O comando insistia em mandá-los patrulhar áreas distantes do front. A ação surgiu só quando o 99º recebeu a missão de bombardear a ilha italiana de Pantelaria, entre 30 de maio e 11 de junho, como parte dos preparativos da invasão da Sicília. Os ataques prosseguiram pelo mês de junho. Baseado na Sicília, o esquadrão 99 se juntou ao 33º Grupo de Caça, sob o comando do coronel William W. Momyer. Lá, conseguiram a primeira de três citações pelo bom desempenho. Nesse período, os P-40 do esquadrão atuavam como caça-bombardeiros, fustigando as tropas alemãs e italianas.
O desembarque em Anzio deu outra oportunidade para os Pilotos de Tuskegee. Em 27 e 28 de janeiro de 1944, oito esquadrões participaram do revide aos ataques alemães às tropas na praia. Entre eles estavam 11 pilotos do 99º, incluindo o capitão Charles Bell, que derrubou dois inimigos, subindo sua contagem para três abates. Dos 32 alemães abatidos em Anzio, 13 foram obra do 99º.
PINTURA VERMELHA
Em março de 1944, baseados em Ramitelli, já na península italiana, fundem-se ao esquadrão outras unidades (100°, 301° e 302°) com novos oficiais negros. Juntos, acabam por formar novamente o 332° Grupo de Caça, a primeira grande unidade de combate formada por pilotos negros. O comandante passa a ser o agora coronel Benjamin O. Davis Jr. É preciso lembrar que houve outra unidade segregada, o 477° Grupo de Bombardeiros, equipado com B-25 Mitchell, mas que jamais entrou em combate.
Entre março e julho houve rápidas trocas de aviões. Os P-39 Airacobras ficaram somente em março e os P-47 Thunderbolts, entre junho e julho. Missões contra Monte Cassino, entre 12 e 14 de maio, renderam uma segunda citação para o 99º Esquadrão. A unidade atacou uma tropa de infantaria que tentava repelir um avanço Aliado e os ocupantes de uma fortificação foram obrigados a se render a tropas marroquinas. Na Itália havia ação de sobra, porém, o melhor momento dos Tuskegee Airmen viria com as missões de escolta de bombardeiros B-17 e B-24 sobre a Alemanha, Áustria, França, Itália, Polônia, Hungria e Romênia. Equipados com os modernos P-51, em 25 de março de 1945, os tenentes Charles Brantley, Roscoe Brown e Earl Lane abateram três jatos Me-262 a caminho de Berlim. A lenda diz que eles foram os primeiros a abater um jato alemão. Não é verdade. Mesmo assim, foi um feito. O Me-262 voava 150 quilômetros por hora mais rápido que os caças americanos.
A adoção da pintura vermelha no nariz e na cauda fez com que os pilotos fossem apelidados de Redmen Airtails ou Redtails Angels, porém, não procede a história de que o grupo jamais perdeu alguma das aeronaves que escoltavam. Assim como os tripulantes de bombardeiros não sabiam que seus protetores eram negros. O próprio coronel Davis Jr. comandou pessoalmente 12 missões. Ele recebeu uma Bronze Star por um metralhamento na Áustria e uma Distinguished Flying Cross por missão de escolta sobre Munique, em 9 de junho de 1944. Davis acabou transferido para um esquadrão nos EUA. Até o final da guerra na Europa, o 332º Grupo completou 311 missões de combate, abatendo 112 inimigos e destruindo ou danificando 950 veículos terrestres. Ao contrário do que sugerem as lendas, os Pilotos de Tuskegee não foram nem melhores nem piores do que os aviadores de outras unidades. O mérito esteve na superação de todas as dificuldades e expectativas.
Em 1948, o presidente Harry Truman ordenou o fim da segregação racial nas forças armadas. O reconhecimento veio ao longo do tempo, em livros, filmes e documentários. Em 29 de março de 2007, o presidente George W. Bush entregou a Medalha de Ouro do Congresso para 300 Pilotos de Tuskegee. O aeródromo de Tuskegee virou sítio histórico. Já o comandante Davis Jr. seguiu carreira militar. Ele voou o Sabre F-86 na Guerra da Coreia, trabalhou no Pentágono e, em 1998, quando estava na reserva há 18 anos, foi promovido a major-general da USAF.
NÚMEROS
Desempenho do 332º Grupo de Caça
- 15.533 decolagens
- 311 missões
- 112 aeronaves inimigas destruídas no ar
- 148 aeronaves inimigas danificadas ou destruídas no solo
- 950 veículos, locomotivas e vagões danificados ou destruídos
- 1 torpedeiro danificado
- 996 pilotos treinados em Tuskegee
- 450 pilotos enviados para a Europa
- 95 condecorações por distinção em voo
- 84 pilotos mortos durante treinamentos e em missões que não eram de combate
- 66 pilotos mortos em combate
- 32 pilotos feitos prisioneiros
Condecorações
- 3 Distinguished Unit Citations
- 1 Silver Star
- 150 Distinguished Flying Crosses
- 14 Bronze Stars
- 744 Air Medals
- 8 Purple Hearts
AS LENDAS EM TORNO DOS PILOTOS de Tuskegee são tamanhas que um pesquisador militar foi checar até que ponto as histórias eram reais. O que Daniel Haulman, da Agência de Pesquisa Histórica da Força Aérea Americana, constatou e publicou em 2011, no estudo "Nove Mitos sobre os Pilotos de Tuskegee", mostra que se há exageros de um lado, também foram esquecidos alguns dos reais méritos daqueles pilotos.
● Inferioridade: o preconceito era reinante nas forças armadas. Um estudo de 1925 do War College apontava que em combate os afro-americanos eram inferiores aos brancos e encorajava a segregação racial nas forças armadas. Em setembro de 1943, quando o 99º Esquadrão estava no front, foi sugerida a sua retirada - o que não foi acatado. Ao comparar as unidades que voavam os P-40, ficou claro que o 99º era tão bom quanto os demais grupos. Mais tarde, entre junho de 1944 e o final de abril de 1945, durante as escoltas dos bombardeiros, dos sete grupos de caça subordinados à 15ª Força Aérea na Itália, o 332º Grupo de Caça ficou em quinto lugar, com 92 abates.
● Superioridade: contraparte ao mito da inferioridade, a crença de que os Pilotos de Tuskegee eram muito melhores do que seus colegas brancos em missões de escolta de bombardeiros não se sustenta. A lenda (e o filme Red Tails também) diz que os pilotos brancos abandonavam as formações para perseguir caças nazistas. A grande quantidade de missões e a existência de 21 grupos de bombardeio e de sete grupos de caça na 15ª Força Aérea, que atuava na Itália, torna difícil essa comprovação, visto que as equipagens de bombardeiros na maioria das vezes desconheciam quais esquadrões de caças os acompanhavam. Como não compartilhavam as mesmas bases, as tripulações de bombardeiros pouco tiveram contato com os pilotos negros. A exceção ocorreu quando 18 Liberators tiveram de pousar em Ramitelli por causa do mau tempo.
● Nenhum bombardeiro perdido: se alguns diziam que os pilotos negros não eram bons o bastante, outros passaram a acreditar, equivocadamente, que eles eram tão habilidosos e dedicados que jamais perderam um bombardeiro em suas missões de escolta. O engano surgiu antes do final da guerra, quando um artigo de jornal afirmou que eles completaram 100 missões sem perdas. Porém, na citação da Distinguished Flying Cross do coronel Benjamin O. Davis Jr. consta: "Apesar do grande número de inimigos, as formações de bombardeiros sofreram apenas algumas perdas". Os informes de perdas de tripulações confirmam que foram perdidas 19 Fortalezas Voadoras e oito Liberators nas formações protegidas pelos Pilotos de Tuskegee.
● O ás ignorado: não é verdade que abates de aviões alemães feitos pelo primeiro-tenente Lee Archer não foram reconhecidos, impedindo- o de se tornar um ás (cinco vitórias ou mais). A afirmação partiu de um livro impreciso publicado no pós-guerra. No 332º Grupo, os registros apontam que meses antes de Archer, os capitães Joseph Elsberry e Edward Toppins haviam atingido quatro vitórias. Também não pode ser comprovado que os pilotos que atingissem a quarta vitória eram enviados para casa, como forma de impedir que um negro se tornasse um ás com um quinto abate. O capitão Joseph Elsberry teve sua quarta vitória reconhecida em agosto de 1944, porém só foi enviado para casa quatro meses depois.
● Primeiros a derrubar jatos Me-262: em 24 de março de 1945, os tenentes Roscoe Brown, Earl R. Lane e Charles Brantley abateram três jatos Me-262 sobre Berlim, porém, eles não foram os primeiros. Na mesma missão, outros cinco pilotos também derrubaram o mesmo tipo de aeronave. Pilotos americanos abateram, pelo menos, outros 60 Me-262.
● Afundamento de um destroier: o episódio aparece no filme. Na realidade, ainda que os pilotos acreditassem ter afundado um destroier alemão que navegava no Mar Adriático, mais tarde foi descoberto que a belonave não afundou, apesar de muito danificada. Também não se tratava de um destroier alemão, mas sim do consideravelmente menor torpedeiro italiano Giuseppi Missori.
● Assalto que não houve: desfalcados de equipamento, mecânicos roubaram tanques subalares de 110 galões (416 litros) para que seus caças P-51 pudessem participar das missões de escolta sobre a Alemanha - o que não seria do desejo do comando. O episódio foi apelidado de "O Grande Roubo do Trem". Mecânicos entrevistados anos depois negaram o fato, alegando que a distribuição de tanques subalares ocorreu antes da missão tanto para o 332º Grupo quanto para os outros três grupos baseados na base de Ramitelli, na Itália.
● Todos negros: ao contrário do que acredita boa parte dos conhecedores da história, oficiais brancos sempre participaram do 332º Grupo. Seus dois primeiros comandantes (tenente-coronel Sam Westbrook e coronel Robert Selway) eram brancos, assim como também eram os primeiros três comandantes do 99º Esquadrão de Caça, integrantes do 332º. O mesmo vale para os instrutores de Tuskegee. Ainda que eventualmente alguns dos esquadrões fossem, durante algum tempo, compostos só por negros, isso não era uma regra. O que interessava era que os pilotos fossem negros e que não houvesse brancos comandados por negros em uma força armada segregada.
● Red Tails: ao contrário do que prega o senso comum, nem todos os Pilotos de Tuskegee tinham seus P-51 com a cauda e nariz pintados de vermelho. Tampouco voaram só para proteger B-24 e B-17 em longas missões de escolta Alemanha adentro. Antes disso, o 332º Grupo utilizou três tipos de aeronaves (P-40, P-39 e P-47) em diferentes missões sobre o Norte da África e Itália. Os P-40 e os P-39 jamais tiveram suas caudas pintadas. As cores foram adotadas para distinguir amigos e inimigos em meio às grandes formações, assim como identificar as respectivas unidades. Se o 332º Grupo usava vermelho, o 31º Grupo tinha listras na cauda; o 52º, amarelo; e o 325º, preto e amarelo com estampas xadrez.
Fonte: Daniel L. Haulman, Air Force Historical Research Agency
OS AVIÕES DO 332º GRUPO DE CAÇA
P-51D Mustang
Período: de julho de 1944 até maio de 1945
Fabricante: North American Aviation
Função: caça e caça-bombardeiro
Primeiro voo: 26 de outubro de 1940
Motor: Packard V-1650 (Rolls-Royce Merlin 61), V-1650-3, de 1.520 HP; (P-51D) V-1650-7, de 1.490 HP a 3.000 metros
DESEMPENHO:
Velocidade máxima: 703 km/h a 7.600 m; teto de serviço: 12.800 m; alcance: 2.755 km com tanques descartáveis;
razão de subida: 970 m/min
Peso vazio: 3.465 kg; máximo de decolagem: 5.490 kg
DIMENSÕES:
envergadura: 11,28 m; comprimento: 9,83 m; altura: 4,08 m
Armamento (versão D): seis metralhadoras Browning de 0.5 polegada (12,7 mm) nas asas, carregando um total de 1.880 salvas; dois pontos para 900 kg de bombas, foguetes (6 ou 10) e tanques de combustível
Produção: mais de 15.000 unidades, entre março de 1941 e abril de 1949
P-47N Thunderbolt
Período: de junho a julho de 1944
Fabricante: Republic Aviation
Função: escolta e caça-bombardeiro
Primeiro voo: 6 de maio de 1941
Motor: Pratt-Whitney R-2800-57 ou 77, de 2.800 HP
DESEMPENHO:
velocidade: 751 km/h; ascensão inicial média: 855 m/min.; teto: 12.800 m; alcance com tanques descartáveis: 3.800 km
Peso vazio: pouco mais de 4.500 kg; com carga máxima: 9.616 kg
DIMENSÕES:
envergadura: 12,4 m, comprimento: 11,03 m; altura: 4,31 m
Armamento: oito metralhadoras Browning de 0.5 polegada (21,7 mm) nas asas, cada um com 267, 350 ou 425 salvas; três a cinco suportes para foguetes, bombas ou tanques de combustível de até 1.134 kg
Produção: 15.686 unidades em todas as versões, entre março de 1942 e setembro de 1945
P-39L Airacobra
Período: março de 1944
Fabricante: Bell Aircraft
Função: caça
Primeiro voo: 6 de abril de 1938
Motor: Allison V-1710-63, V-12 de 1.325 HP
DESEMPENHO:
velocidade máxima: 612 km/h; ascensão inicial: 1.220 m/min.; teto máximo: 10.670 m; alcance com tanque descartável a 256 km/h: 2.360 km
Peso vazio: 2.540 kg; carregado: 3.530 kg
DIMENSÕES:
envergadura: 10,37 m; comprimento: 9,2 m; altura: 3,63 m
Armamento: um canhão de 30 mm com 30 salvas disparando pelo cubo da hélice; duas Browning 0.50 polegada (12,7 mm) no nariz; duas ou quatro Browning 0.303 polegada (7,62 mm) nas asas
Produção: 9.584 unidades, de 1940 a maio de 1944
P-40N Warhawk
Período: abril de 1943 até fevereiro de 1944
Fabricante: Curtiss-Wright Corporation
Função: caça-bombardeiro
Primeiro voo: 14 de outubro de 1938
Motor: Allison V-1710-81 de 1.360 HP (versão tardia)
DESEMPENHO:
velocidade máxima: pouco mais de 600 km/h a 3.000 metros; ascensão inicial: 646 m/min.; teto operacional: 9.144 metros; alcance: 1.351 km, com tanques externos
Peso vazio: 2.721 kg; máximo de decolagem: 5.170 kg
DIMENSÕES:
envergadura: 11,36 m; comprimento: 10,15 m; altura: 3,75 m
Armamento: seis metralhadoras Browning 0.50 polegada (12,7 mm) nas asas, cada uma com 281 salvas (de início, quatro 0.50); mais 680 kg de bombas em três pontos fixos
Produção: 13.738 unidades em todas as versões, entre 1939 e 1944