Kamil Gaynutdinov vai começar pela carteira do Superjet 100
Ernesto Klotzel Publicado em 08/02/2017, às 14h00 - Atualizado às 14h13
Segundo Kamil Gaynutdinov, novo presidente da Sukhoi Civil Aircraft, ele pretende ajustar alguns procedimentos atuais da empresa utilizando exemplos de alguns fabricantes ocidentais de células e sua experiência prévia na Boeing. Gaynutdinov deve começar colocando ordem em setores como o da carteira de encomendas do Superjet 100. Neste ano, a Sukhoi pretende entregar, pelo menos entre 34 e 36 aeronaves do tipo – todas novas.
Até então, a re-entrega dos Superjets era contabilizada no total, uma prática rejeitada por Kamil. Da mesma forma, as previsões de demanda pelo mercado deverão sofrer uma revisão para alimentar os planos estratégicos da Sukhoi.
Kamil foi diretor dos serviços de aviação comercial da Boeing em Moscou, revelou que “goza de muita liberdade” para implementar mudanças em sua nova empresa e que “conta com muito apoio” do Conselho da United Aircraft. Entre as primeiras mudanças, haverá uma unidade central de distribuição de peças no Aeroporto Sheremetyevo, em Moscou, próximo da pista, reduzindo o tempo de expedição de componentes aos clientes.
Com a decisão da CityJet irlandesa em operar com Superjet, Kamil não parece preocupado com os efeitos do isolamento da Rússia no cenário político internacional sobre as vendas no exterior. “A prioridade é garantir a competitividade de nossos produtos” afirma.
Embora a italiana Leonardo esteja se retirando como acionista da Sukhoi Civil Aircraft, Kamil afirma que se trata de um “processo longo” que ainda está sendo realizado e que sua empresa está fortemente vinculada à suas competências em engenharia.