FAA havia emitido uma AD sobre o 777
Redação Publicado em 14/03/2014, às 10h04 - Atualizado às 12h01
Em mais um capítulo envolvendo o misterioso desaparecimento do Boeing 777 da Malaysia, foi confirmado que a FAA (Federal Aviation Administration) emitiu no último dia 5 de março uma AD (Airworthiness Directive) para a manutenção da família 777. A AD alertava os operadores sobre o risco de corrosão e fissuras na fuselagem, o que poderia levar a falhas estruturais, incluindo uma lenta descompressão ou até mesmo uma descompressão explosiva. A diretriz, publicada apenas três dias antes do desaparecimento do voo MH370, passa a valer a partir do dia 9 de abril e determina uma criteriosa inspeção na fuselagem, em especial na região próxima onde as empresas aéreas passaram a instalar a antena de comunicação via satélite (SATCOM). Segundo o documento, qualquer anomalia deveria ser imediatamente corrigida. A Boeing informou que o avião que cumpria o voo MH370, matricula 9M-MRO, não dispunha do SATCOM e que a responsabilidade por executar a citada AD é do operador. Uma possível descompressão de forma lenta poderia não ser detectada pelos sistemas do avião e nem mesmo pela tripulação, levando, assim, o avião a continuar seu voo até o fim do combustível a bordo. Similar ao que ocorreu em 2005, com um 737-300 da grega Helios Airways, quando uma falha de manutenção levou o avião a perder a capacidade de pressurização após 3.000 pés, levando os passageiros e quase a totalidade da tripulação a sofrer de apoxia. Outro acidente envolvendo falha na pressurização ocorreu em 1999, quando um Learjet que transportava o golfista Payne Stwart caiu após todos a bordo ficaram inconscientes.
Porém, tal falha não justifica o fato de o 777 da Malaysia ter sumido dos radares e não ter cumprido, ao menos parcialmente, o traçado original do voo. Ainda assim, a AD publicada coloca uma nova luz ao que pode ter ocorrido com o voo MH370.