Novo aeroporto em Maragogi receberá R$ 370 milhões em investimentos e terá operação privada com capacidade para 1 milhão de passageiros ao ano
Por Marcel Cardoso Publicado em 30/05/2025, às 12h16
O governo de Alagoas apresentou a investidores do Oriente Médio, na última quinta-feira (29), o projeto do Aeroporto Costa dos Corais, em Maragogi, visando atrair aportes internacionais para a maior obra aeroportuária em andamento no Brasil.
A apresentação ocorreu durante a missão oficial do Consórcio Nordeste na região, com foco em promover projetos estratégicos de infraestrutura e ampliar a participação de capital estrangeiro no setor aeroportuário nacional.
Localizado no litoral Norte de Alagoas, o futuro Aeroporto Costa dos Corais terá operação 100% privada, viabilizada por meio de concessão. O investimento público inicial na construção é estimado em R$ 370 milhões.
Com pista de 2.200 metros de extensão, a estrutura será capaz de receber voos comerciais operados pelas famílias Airbus A320 e o Boeing 737. A capacidade projetada é de até um milhão de passageiros por ano, o que posiciona o terminal como um novo polo de conectividade para o turismo e a economia da região Nordeste.
A missão oficial teve como objetivo aproximar o governo alagoano de fundos de investimento da região, como o Abu Dhabi Investment Authority (ADIA), a Saudi Arabian Monetary Agency (SAMA Foreign Holdings), o Qatar Investment Authority e o Fundo Mubadala, dos Emirados Árabes Unidos.
Segundo Júlio Cezar da Silva, secretário de Estado de Relações Federativas e Internacionais de Alagoas, já houve solicitações de mais informações sobre o projeto por parte de potenciais investidores. Na última semana, o governo estadual publicou o edital do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), que visa selecionar uma empresa para realizar estudos de viabilidade da aviação comercial e executiva no novo terminal.
Além do potencial turístico, o aeroporto Costa dos Corais também poderá desempenhar função logística, com a possibilidade de operar um terminal de cargas. A localização estratégica, entre Recife e Maceió, ambas a cerca de 130 quilômetros, permite a formação de um hub logístico em integração com o complexo industrial portuário de Suape, em Pernambuco. A previsão inicial é de que o terminal receba entre dez e quinze voos semanais.