Índia perdeu o contato com sua primeira nave orbital lunar, “Chandrayaan-1” em 2009
Ernesto Klotzel Publicado em 14/03/2017, às 11h56 - Atualizado às 11h59
A NASA revelou que descobriu sua localização em julho de 2016 após testar um método que pode ser utilizado em missões lunares futuras. O “Chandrayaan-1” é uma sonda cúbica, relativamente pequena, com 1,50 m de lado tornando-a um alvo perfeito para os testes com radar conduzido por uma equipe de cientistas do Jet Propulsion Laboratory na Califórnia.
Inicialmente, eles queriam descobrir se as técnicas para observar asteroides poderiam também identificar naves espaciais orbitando a Lua. Esse método se baseia no radar terrestre, pois os telescópios ópticos são “cegados” pelo brilho da Lua.
Já que o artefato indiano estava em órbita lunar antes de desaparecer, a equipe enviou um potente feixe de micro-ondas para um ponto acima do polo norte do nosso satélite, utilizando uma antena de 230 pés da NASA, embora tiveram de depender do Telescópio Green Bank de 70 m West Virginia para detectar os ecos de retorno do radar.
As equipes de pesquisa temiam não encontrar nada, uma vez que a Lua apresenta áreas de atração gravitacional acima do normal e poderia ter atraído e causado a destruição do “Chandrayaan-1”. No entanto, a equipe pôde detectar dois objetos diferentes com o uso da técnica adotada: um se identificava com a trajetória conhecida da Nave Orbital Lunar de Reconhecimento, sendo a outra de dimensões diminutas que cruzou por duas vezes o feixe de micro-ondas. A segunda visão combinava com o tempo levado pelo artefato indiano para completar uma órbita.
Agora que os cientistas provaram que radares terrestres podem ser utilizados para rastrear sondas na órbita lunar, a NASA poderá utilizá-los para missões humanas e robóticas e ainda como recurso de segurança para naves espaciais afetadas por problemas de comunicação.